Dia de Mercado reúne produtores em Rio Verde
Evento realizado pela CNA, Faeg e Sindicato Rural levou informações estratégicas sobre a produção de cana
Brasília/DF e Rio Verde/GO (17/09/2019) – A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), o Sistema Faeg/Senar e o Sindicato Rural de Rio Verde realizaram na terça (17), no município goiano, o Dia de Mercado de Cana-de-açúcar, para levar informação aos produtores da região sobre mercado, custos de produção, produtividade e perspectivas para a próxima safra.
O evento reuniu diversos especialistas em palestras de debates sobre o setor canavieiro. Goiás ocupa o segundo lugar no ranking de maior produtor de cana-de-açúcar do país, o segundo maior em produção de etanol e o quarto na produção de açúcar.
O primeiro palestrante foi João Rosa, do Pecege/Esalq/USP, que falou sobre os custos de produção. De acordo com ele, o momento está com margem apertada, com um custo total estimado em R$ 100,00 por tonelada. Por esta questão, o produtor rural deve ficar atento, pois acaba não percebendo o que está saindo do bolso e o que onera a atividade.
“O produtor confunde fluxo de caixa, com custo de produção. O momento é delicado, uma vez que os insumos estão altos e os preços efetivamente não cobrem os custos de oportunidade”, disse. Ele explicou ainda que o aumento de preços vem acontecendo naturalmente há alguns anos, por isso a importância de procurar maiores produtividades com menores custos. Uma dica seria investir na gestão.
“A gestão da propriedade tem melhorado muito, principalmente agora com a sucessão familiar. Minha dica é que se invista em controle de fluxo de caixa, nem que seja em forma de estimativa, inicie com anotações em papel, depois evolua para planilhas no excel e se você já possuir tudo isso, pense na adoção de um sistema que irá melhorar a gestão da propriedade”, comentou Rosa.
João Figueiredo analista da Datagro fez um panorama da safra no Brasil, dos preços do açúcar e do programa Renovabio do Governo Federal. Segundo Figueiredo, a estimativa é que o Brasil produza 26 milhões de toneladas de cana-de-açúcar e 32 bilhões de litros de etanol. Ele destacou que o Renovabio pode dar uma importante contribuição para o cumprimento dos compromissos determinados pelo Brasil no âmbito do Acordo de Paris e para a diversificação dos biocombustíveis na matriz energética do País.
“O principal instrumento do RenovaBio é o estabelecimento de metas nacionais anuais de descarbonização para o setor de combustíveis, de forma a incentivar o aumento da produção e da participação de biocombustíveis na matriz energética de transportes do país, além disso, será uma nova forma de receita para o produtor rural”.
O presidente da Comissão de Cana-de-açúcar da Faeg, Joaquim Sardinha, afirmou também que o produtor de cana passa por uma fase conturbada de precificação, mas que o cenário mostra melhorias significativas. “Devemos investir mais e buscar produtividade mais eficiente. Acredito muito em um controle mais rigoroso com o ambiente de produção para acertar as variedades, os manejos para se ter longevidade e talvez um condomínio de produtores seja uma opção, pois em conjunto consegue-se diminuir custos”.
O presidente da Comissão Nacional de Cana-de-açúcar da CNA e vice-presidente do Sindicato Rural de Rio Verde, Ênio Fernandes, coordenou os debates. O assessor técnico da CNA, Rogério Avellar, também participou do evento.
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