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Curso para Seleiro movimenta interior de Minas
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SENAR ensina a fazer rêdeas, cabrestos, cabeçada, arreios e vários tipos de tranças e chicotes

31 de julho 2017
Por Senar

Eles chamam a atenção pela beleza e durabilidade - além disso, estas duas qualidades ajudam a agregar valor aos produtos fabricados com couro. Além do alto custo, em cidades pequenas, produtores e trabalhadores rurais reclamam que é difícil encontrar peças resistentes que são usadas no dia a dia da fazenda.

Para atender esta demanda, os Sindicatos Rurais de Carneirinho e Capinópolis, em parceria com o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural de Minas Gerais (SENAR/MG) promoveram o curso de Seleiro: fabricação e conservação de peças trançadas em couro cru, com a participação de 20 pessoas, nos dois municípios.

A capacitação que ensina a fazer rédeas, cabrestos, cabeçada, relhos (mais conhecido como arreios), vários tipos de tranças e chicotes, entre outros apetrechos, tem um diferencial: indiretamente, ensina os participantes a fabricar os mesmos objetos com outros materiais, como nylon e corda.

“O couro tem lado para trabalhar, mas é preciso passar pelo curso para aprender. Depois disso vêm as técnicas para fabricação, que também são usadas nos outros materiais. Com tudo o que o couro oferece, as peças têm valor agregado e, se forem bem feitas, o artesão terá bastante serviço e lucro. Já no caso de ser feito para uso da fazenda, será uma economia muito grande para o produtor rural”, explica a administradora de empresa rural e instrutora Ana Maria Angélico, que deu o curso em Capinópolis.

Como a arte do seleiro é passada de pessoa para pessoa, a profissão acabou ficando reservada a poucos profissionais e a falta de artesãos do couro no mercado abriu as portas para quem tem aptidão com trabalhos artesanais.

“O sol nasce para todos. Já tivemos exemplos de alunos que vivem disso, que empreenderam no negócio do couro e se tornaram empresários de sucesso. O Senar Minas é importante neste processo porque ajudamos a repassar informações que estavam sendo esquecidas, é o resgate de uma cultura” ressalta Ana Maria.

Eula Faustino e o marido José Donizete estão fazendo o curso juntos. A oportunidade deve ser expandida. “Já sabemos que há procura pelos produtos que aprendemos aqui e como meu marido está desempregado, esta pode ser uma ótima chance de montarmos um negócio”, acredita Eula.

Para Dorival Mizael da Silva, mais conhecido por “Loro”, este é o momento para ampliar a renda familiar. “Este é um curso muito profissional, muito bom. Aprendendo a fazer e vender os apetrechos, serei conhecido com o ‘Loro’ vendedor de chicote e arreios e quero ganhar dinheiro. Isto aqui vai mudar minha vida”, planeja.

Assessoria de Comunicação do SENAR/MG
http://www.sistemafaemg.org.br

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