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CNA participa de workshop sobre inclusão de mulheres em cadeias globais de valor
Evento aconteceu na Organização Mundial do Comércio, em Genebra
Brasília-DF (01/10/18) – A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) participou nesta segunda (1º), em Genebra, na Suíça, do workshop Mulheres em Cadeias Globais de Valor (CGVs) , organizado pela MIKTA (parceria entre México, Indonésia, República da Coreia, Turquia e Austrália) em cooperação com a Organização Mundial do Comércio (OMC).
“Estamos participando das discussões internacionais do que está sendo feito pelo mundo para aumentar a participação das mulheres nas cadeias globais de valor”, afirmou a assessora técnica da Superintendência de Relações Internacionais da CNA, Gabriela Coser.
O workshop em Genebra contou com a participação de diversos organismos internacionais e do setor privado e discutiu a dimensão de gênero nas cadeias globais de valor em três painéis: Definindo a cena - Olhando para as cadeias de valor globais através das lentes de gênero; Perspectivas de atores em CGVs e Áreas de trabalho para mulheres em CGVs.
Além da participação no workshop, a CNA vai promover uma rodada de negócios durante o 3º Congresso de Mulheres do Agronegócio, em São Paulo, no final do mês. “A intenção é gerar mais oportunidades para as produtoras rurais”, acrescentou Gabriela.
O diretor-geral da OMC, Roberto Azevêdo, abriu o evento e anunciou que no próximo ano a organização irá publicar um estudo sobre gênero e comércio elaborado em parceria com o Banco Mundial.
Ele ressaltou o papel importante dos traders e empreendedores nas cadeias globais de valor e destacou que apesar de em muitos países as mulheres enfrentarem mais dificuldades do que os homens para abrir uma conta ou registrar um negócio, 15% das pequenas empresas exportadoras são liderados por mulheres e 1/3 dos empreendedores formais no mundo são mulheres.
Roberto Azevêdo citou ainda a importância da capacitação para mudar a realidade das mulheres. Ele citou um projeto desenvolvido em Mali, na África, que capacitou mulheres para ajudá-las com as normas sanitárias e fitossanitárias. O projeto teve como resultado mais exportações, com o desenvolvimento de novos produtos e o processamento de outros como geleias e sucos.
Segundo dados do estudo Investing in Women along Agribusiness Value Chains (2016) , do Banco Mundial, as mulheres desempenham papéis significativos na agricultura, mas suas atividades nem sempre são reconhecidas. Elas representam 40% da força de trabalho agrícola mundial. No entanto, ainda enfrentam uma variedade de restrições, como o acesso limitado a insumos agrícolas, tecnologias, finanças, entre outros.
"Um ponto importante frisado durante os painéis é que as organizações internacionais estão trabalhando para aprimorar as bases de dados com informações de gênero. Isso é fundamental para dar um retrato real da situação no mundo," ressaltou Gabriela Coser.
Assessoria de Comunicação CNA/SENAR
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