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CNA discute perspectivas para a safra de grãos 2024/2025
Comissão Nacional de Cereais, Fibras e Oleaginosas da entidade debateu assunto em reunião, na terça (24)
Brasília (24/09/2024) – A CNA abordou as perspectivas para a safra de grãos 2024/2025 em reunião da Comissão Nacional de Cereais, Fibras e Oleaginosas, na terça (24), com foco nos impactos das mudanças climáticas na produção.
Segundo o presidente da Comissão, André Figueiredo Dobashi, a pauta é importante para que a cadeia produtiva se prepare para a próxima safra.
O consultor climático Francisco Diniz falou sobre as previsões meteorológicas, com os impactos negativos no plantio devido aos fenômenos de El Niño e La Niña.
“Na região Centro-Oeste, Matopiba e parte da região Sudeste como Minas e São Paulo, teremos chuvas fracas para os próximos 15 dias com no máximo 40 milímetros o que não garante o plantio.”
Diniz ressaltou que esse ano as temperaturas ficarão acima do normal em todo o país e os eventos meteorológicos e climáticos extremos devem continuar nos próximos meses com impactos no setor agrícola.
Ana Luiza Lodi, especialista em Inteligência de Mercado da StoneX, trouxe informações sobre estimativa de safra para soja e milho. Segundo ela, apesar do atraso no plantio da soja devido à seca nas regiões produtoras, há expectativa de safra recorde para o grão, com produção de 165 milhões de toneladas.
“Se a safra 2024/2025 ocorrer dentro da normalidade, não veremos um desequilíbrio dentro do balanço da oferta e demanda de soja e milho. Isso vai depender do clima nos próximos meses.”
Indicador de preço para o feijão – A CNA, em parceria com o Cepea, está desenvolvendo uma metodologia para coleta, análise, armazenamento de dados, cálculo e divulgação de preços regionais de feijões no Brasil.
A iniciativa começou com a coleta de dados em abril, com visitas às principais regiões produtoras nos estados do Paraná, São Paulo, Minas Gerais, Mato Grosso, Goiás e Bahia.
O pesquisador do Cepea, Lucilio Alves, apresentou os principais resultados do projeto, que mostra que o plantio e a colheita da leguminosa acontecem todos os meses nas diferentes regiões, além de apontar que a precificação é feita para o produto a granel em sacas de 60 kg.
Outra questão identificada é que a comercialização é imediata no pós-colheita e, segundo os produtores ouvidos, não há um documento técnico sobre a classificação do feijão, que é feita pelo visual do grão.
O assessor técnico da comissão, Tiago Pereira, explicou que o projeto está sendo estruturado em parceria com as federações de agricultura e pecuária desses estados e que o indicador de preços para o feijão será lançado em outubro, na sede da CNA, em Brasília.