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CNA destaca cooperação tecnológica com Nova Zelândia na produção de leite
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Durante almoço com embaixadora neozelandesa no País, João Martins avaliou cenários para fortalecer intercêmbio na agropecuária

5 de outubro 2016
Por Senar

Brasília (05/10/2016) – O fortalecimento do intercâmbio entre o Brasil e a Nova Zelândia na área de equipamentos e tecnologia para a produção de leite foi o principal tema da conversa entre o presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), João Martins, e a embaixadora da Nova Zelândia no Brasil, Caroline Bilkey, durante encontro, nesta terça-feira (04/10), na sede da CNA, em Brasília. João Martins lembrou que os dois países “possuem semelhanças em seus sistemas de produção leiteira, com possibilidade de desenvolver parcerias que permitam ganhos de produtividade no setor”.

A pecuária de leite tem atraído investimentos neozelandeses. Dentre eles, destaca-se a Fazenda Leite Verde, na cidade de Jaborandi, no sudoeste da Bahia, hoje uma referência nacional na produção com alta tecnologia. Em Goiás, também há investimentos daquele país na produção de lácteos. São os casos da fazenda Kiwi Pecuária, no município de Silvânia, e a fazenda Capoeira, na cidade de Gameleira de Goiás.

A produção de leite brasileira tem tido um crescimento considerável nos últimos anos. De 2010 até 2015, cresceu em torno de cinco bilhões de litros. Em 2010, a produção de leite era de 30,7 bilhões de litros, alcançando ao final do ano passado 35,4 bilhões de litros, segundo números da Superintendência Técnica da CNA. O consumo per capita também tem aumentado. No ano 2000, cada brasileiro consumiu, em média, 122 quilos do produto. Em 2015, esse número passou para 170 quilos por pessoa.

As relações comerciais entre os dois países, contudo, não se resumem à pecuária leiteira. Em 2015, o Brasil teve saldo positivo de US$ 13,2 milhões, em bens agropecuários. Os principais produtos exportados para a Nova Zelândia foram açúcar (US$ 9,5 milhões), café verde (US$ 7,4 milhões) e substâncias animais para preparações farmacêuticas (US$ 5,9 milhões). Já os importados incluem kiwis frescos (US$ 5,1 milhões), produtos lácteos (US$ 4,2 milhões) caseína e caseinatos (US$ 3,8 milhões).

Agenda comum – As semelhanças entre os sistemas agropecuários do Brasil e da Nova Zelândia criaram uma agenda de cooperação entre os dois países. Um exemplo prático dessa parceria foi o seminário “O aumento da produtividade da agropecuária: a experiência da Nova Zelândia na qualidade do leite”, realizado em julho deste ano, na sede da CNA, em Brasília.

Outra ação significativa foi a participação do governo neozelandês na reprodução de 70 mil cartilhas do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (SENAR), com indicações sobre cuidados para a saúde preventiva do homem do campo. A cartilha destaca quatro tópicos diferentes: incontinência urinária; cuidados com o coração; conscientização sobre o câncer de próstata; e câncer de pele.

O Programa CNA Jovem, do Sistema CNA/SENAR, em sua segunda edição, vai premiar os vencedores com uma visita técnica à Nova Zelândia, para conhecerem aspectos da agropecuária praticada no país. A missão terá a duração aproximada de 12 dias e acontecerá no primeiro semestre de 2017. Em junho de 2015, dois integrantes da primeira edição do CNA Jovem também visitaram empresas de laticínios e propriedades rurais neozelandeses.

Além do presidente da CNA e da embaixadora neozelandesa, participaram do encontro o Secretário Executivo do SENAR, Daniel Carrara, a Superintendente de Relações Internacionais da CNA, Alinne Oliveira, o Superintendente Técnico da CNA, Bruno Lucchi, e o assessor técnico da SRI, Thiago Masson.

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