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Projeto do Agrinho combate fake news que afetam cadeia do leite
Professora Leine Carvalho Volpe, de Ivaiporã, convocou comunidade escolar, produtores, técnicos e até agroindústria para promover consciência a respeito da desinformação
Por: Comunicação Sistema FAEP
Fonte: Comunicação Sistema FAEP
As fake news envolvendo a cadeia do leite foram tema de um projeto do Programa Agrinho implementado em 2024 na cidade de Ivaiporã, no Norte do Paraná. A professora de matemática Leine Carvalho Volpe aplicou a iniciativa a alunos do 9º ano do Colégio Estatual Barão do Cerro Azul. A proposta “Vaca, Leite e Ação: uma aventura pedagógica” mobilizou diversos atores do município, como produtores rurais, membros da comunidade escolar, técnicos agropecuários e até mesmo uma agroindústria.
Segundo a docente, a ideia surgiu a partir de um debate da turma sobre fake news . Os estudantes trouxeram inúmeros casos de informações equivocadas sobre a cadeia produtiva. Entre as mentiras propagadas em redes sociais, estavam o fato de o leite industrializa do supostamente ter formol como um conservante e que as embalagens longa vida com barras coloridas indicariam uma reciclagem do alimento, além de outros fatos que sabidamente são inverdades e prejudicam a cadeia de lácteos.
Professora Leine Carvalho Volpe e alunos do 9º ano do Colégio Estatual Barão do Cerro Azul, que participaram do projeto
Diante deste cenário, a turma de alunos começou uma investigação coletiva sobre o que de fato ocorre no mundo dos lácteos. Técnicos de órgãos públicos de assistência técnica foram até a escola para abordar o tema e logo surgiu a ideia de visitar uma leiteria. “A propriedade rural onde fomos tem um volume de produção de quase 2 mil litros por dia. Eles explicaram tudo que acontece, desde a ordenha até a higienização”, detalha Leine.
Posteriormente, os alunos puderam visitar um laticínio, que processa boa parte do leite produzido no município e região. Assim, os alunos puderam fechar o ciclo produtivo, conhecendo como a matéria prima é produzida na propriedade rural e processada para se tornar um alimento disponível, com qualidade, à mesa do consumidor. “Os alunos não querem que o projeto acabe. Temos agendada visita a outro produtor de leite, que vai conversar com os alunos e contar a história dele”, compartilha a professora.
Apoio do sindicato rural
O Sindicato Rural de Ivaiporã tem papel fundamental na execução do projeto, dando o suporte para viabilizar as visitas técnicas e palestras envolvidas na iniciativa.
“Muitas das crianças que participaram são ligadas à área rural, mas não tinham conhecimento do sindicato rural e do Sistema FAEP. Ter essa chance de conhecer o que fazemos foi fundamental para, no futuro, eles saberem onde procurar ajuda, levar demandas e se capacitar com nossos treinamentos”, celebra o gestor da entidade, Marcelo Adriano Breda.
Os desdobramentos do projeto ainda seguem sendo colhidos. Um evento aberto ao público, para centenas de pessoas, apresentou os resultados do trabalho. Ainda, entre 14 e 20 de novembro, o projeto vai ganhar um espaço na Exposição Agropecuária e Industrial (Expovale), em Ivaiporã. “Vamos ter banners de fato ou fake . Será um momento de atingir ainda mais pessoas com nosso projeto”, aponta a professora Leine.