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CNA debate irrigação e gestão da água na agricultura
Entidade participou de evento na sexta (15), em Fortaleza, no Ceará
Brasília (15/09/2023) – A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) participou do XXXII Congresso Nacional de Irrigação e Drenagem e ‘Inovagri International Meeting’, evento voltado para a irrigação e o uso racional da água na agricultura, que ocorre de 13 a 15 de setembro, em Fortaleza (CE).
Realizados pelo Instituto Inovagri e pela Associação Brasileira de Irrigação e Drenagem (ABID), a 8ª edição do encontro e o 32° Congresso contaram com palestras, reuniões, mesas redondas, publicação de trabalhos científicos na modalidade pôster e apresentações orais.
Na sexta (15), a assessora técnica da Comissão Nacional de Irrigação da CNA, Jordana Girardello, integrou a mesa redonda ‘Agronegócio e a agricultura irrigada’, junto com representantes da Esalq e da Associação dos Produtores de Feijão, Pulses, Grãos Especiais e Irrigantes de Mato Grosso (Aprofir).
Em sua apresentação, Jordana falou sobre a política nacional de recursos hídricos e a evolução das demandas de usos consuntivos para abastecimento urbano, rural, indústria, mineração, termelétrica, animal e irrigação até 2040. Ela destacou que o agro é um importante setor usuário de demanda por água, pois produz alimentos não só para o Brasil, mas para o mundo.
“Sabemos como fazer nosso dever dentro da porteira, mas não podemos deixar que outros tomem as decisões do que é melhor para nosso setor, por isso é fundamental que participemos do Sistema de Gerenciamento de Recursos Hídricos e todos os colegiados como os Conselhos e Comitês de Bacias”, disse.
No debate, Girardello informou que existem 12 regiões hidrográficas no país, sendo elas Amazônica, Paraguai, Paraná, Uruguai, Atlântico Sul, Atlântico Sudeste, Atlântico Leste, São Francisco, Tocantins Araguaia, Paranaíba, Atlântico NE Ocidental e Oriental.
A assessora técnica também pontuou sobre os princípios e instrumentos da Lei 9433/1997 (Lei das Águas), que prevê a garantia da disponibilidade de água em padrões de qualidade adequados aos respectivos usos à atual e futuras gerações e sobre a Política Nacional de Recursos Hídricos que trata da cobrança, outorga, enquadramento e sistema de informações dos recursos.
Ela falou sobre os Comitês de Bacias Hidrográficas, que tem por objetivo promover o debate das questões relacionadas ao uso da água e articular a atuação das entidades intervenientes. Segundo Jordana, atualmente existem 10 comitês de bacias federais e 222 de bacias estaduais.
Durante sua palestra, a representante da Confederação mostrou a situação do Brasil em relação área irrigada total. De acordo com a Agência Nacional de Águas (ANA), hoje a área com irrigação é de 8,2 milhões de hectares, sendo a cana fertirrigada responsável por 35,5% ou 2,9 milhões de hectares desse total.
“O crescimento médio anual é recorde na última década – passou de 130 mil hectares ao ano (média 2000-2011) e alcançou 216 mil hectares ao ano (média 2012-2019) – 66% superior. Mas o Brasil tem potencial efetivo de 15,5 milhões de hectares irrigados”, explicou.
Em relação aos desafios do setor, Girardello disse que as políticas devem ser feitas pensando em ser de Estado e não de governo, que o setor da irrigação precisa ocupar todos os colegiados do sistema de gerenciamento de Recursos Hídricos e enfatizou a necessidade de pesquisas e estudos com dados suficientes que permitam mostrar de forma clara a necessidade da irrigação na produção de alimentos e na vida da sociedade.
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