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CNA debate importância do Brasil na segurança alimentar
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Webinar contou com a participação do presidente da FPA

23 de setembro 2020
Por CNA

Produtos lácteos são uma das apostas para o Brasil ampliar a pauta de exportações

Brasília (23/09/2020) – A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) participou do webinar “Segurança alimentar - Brasil como Centro Geopolítico”, na terça (22).

O evento virtual, promovido pela Associação Brasileira de Relações Internacionais e Governamentais (Abrig), contou com a participação da superintendente de Relações Internacionais da CNA, Lígia Dutra; do presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA) e deputado federal, Alceu Moreira (MDB/RS), e do presidente do Instituto Pensar Agro (IPA), Alexandre Schenkel.

Na opinião de Lígia Dutra, que representou o presidente da CNA, João Martins, ficou evidente a importância do agro para a segurança alimentar do Brasil e dos países importadores durante a pandemia. Segundo ela, as exportações somaram US$ 69,6 bilhões nos oito primeiros meses deste ano, uma alta de 8,3% em relação ao mesmo período de 2019. Além disso, o setor registrou superávit recorde de US$ 61,5 bilhões de janeiro a agosto de 2020.

“O mercado internacional permitiu ganharmos em escala e, com isso, reduzir os preços e beneficiar, inclusive, o consumidor brasileiro".

A superintendente da Confederação reforçou a importância do Brasil fazer mais acordos comerciais e ampliar a pauta de produtos exportados. Conforme Lígia, o País tem capacidade para expandir as suas exportações e, dessa forma, melhorar a competitividade e a renda de pequenos e médios produtores de outras cadeias, como pescados, lácteos, frutas, cafés especiais e apicultura.

O presidente da FPA disse que o Brasil será responsável por alimentar dois bilhões de pessoas nos próximos 10 anos e, por isso, merece ser incluído em todas as discussões que envolverem um tema “extremamente sensível e de repercussão internacional” como segurança alimentar. Para ele, o agro brasileiro enfrenta críticas ideológicas de seus concorrentes comerciais, mas é um setor que respeita e entende a importância do meio ambiente.

“Temos 66% do nosso território coberto com vegetação nativa e até a menor propriedade tem 20% da sua área preservada. Precisamos instrumentalizar e ter mais recursos para fazer um controle ainda melhor, além de conscientização e regularização fundiária. Quando temos alguém responsável pela terra, fica mais fácil controlar”, afirmou Alceu Moreira.

Alexandre Schenkel destacou o avanço tecnológico e a elevada produtividade alcançada pelo Brasil nas últimas décadas. Na opinião dele, além da eficiência nas lavouras, os produtores rurais investem em sanidade fitossanitária e animal e isso é reconhecido internacionalmente.

“Precisamos avançar em conectividade, ter uma legislação séria para defensivos e modernizar a regularização fundiária e o licenciamento ambiental. Somos eficientes em alguns setores, mas deixamos a desejar em legislações que estão atrasando o Brasil”, declarou o presidente do IPA.

O encontro teve como moderadores a presidente da Abrig, Carolina Venuto; o coordenador do Comitê de Assuntos Internacionais da Abrig, Luiz Afonso de Medeiros; e o secretário do Comitê de Assuntos Internacionais da Abrig, Anderson Colatto.

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