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CNA debate desafios para o agro brasileiro no cenário internacional
Diretora da CNA participou de evento do Instituto Pensar Agropecuária, na terça (30)
Brasília (31/07/2024) – A diretora de Relações Internacionais da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), Sueme Mori, participou do evento ‘Imersão Temática’ realizado pelo Instituto Pensar Agropecuária (IPA), na terça (30), para discutir os principais desafios e oportunidades do setor no cenário internacional.
Sueme Mori debateu o tema em painel, com a presença do chefe da assessoria de Relações Internacionais da Presidência da Embrapa, Marcelo Morandi, que pontuou sobre questões ambientais e destacou a participação do Brasil na Conferência das Partes (COP), principalmente do ponto de vista do agro.
Em sua apresentação, Sueme falou sobre o panorama do mercado internacional, questões geopolíticas, aumento da população mundial e, consequentemente, da demanda por alimentos, considerando o relatório divulgado pela FAO e a OCDE, que traz as perspectivas para o agronegócio mundial nos próximos anos.
A diretora também apresentou a evolução das exportações do agro brasileiro nos últimos anos, tanto em termo de valores, quanto de produtos e destinos.
Em relação aos desafios no cenário internacional, ela citou a Lei Antidesmatamento (EUDR), que integra o Green Deal da União Europeia. A legislação vai afetar, a partir de 1º de janeiro de 2025, as cadeias de carne bovina e couro, café, cacau e chocolate, soja, madeira e móveis, borracha e óleo de palma.
Para a representante da CNA, é importante entender como o Brasil, considerado um dos principais fornecedores de alimentos do mundo, será impactado pela legislação ambiental europeia.
“A história de sucesso do Brasil está muito focada na produção e eu acho que já conquistamos esse espaço. Então agora precisamos também ser protagonistas, ter lugar de fala, de influenciar e de defender o nosso setor”, disse.
Sueme destacou ainda a importância de se formar uma coalização dos países exportadores agrícolas para enfrentar medidas unilaterais protecionistas, especialmente diante do enfraquecimento de organizações multilaterais, como a Organização Mundial do Comércio (OMC).
O evento também reuniu outros especialistas para discutir os cenários eleitoral, econômico e político partidário no país.