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Feijão

Feijão Comum Cores


Feijão-carioca, o queridinho dos brasileiros

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O feijão-carioca pertence à espécie Phaseolus vulgaris L.

Considerado o preferido dos brasileiros, o feijão tipo “carioca”, também conhecido como “carioquinha”, é o mais cultivado e consumido no Brasil. Dependendo da cultivar, a planta pode apresentar porte ereto, prostrado e semiereto com grãos apresentando tegumento de coloração bege com listras marrons.

Em torno de 60% de todo feijão produzido no Brasil é do tipo “carioca”. No entanto, apesar da grande demanda nacional, esse tipo de feijão ainda possui pouca aceitação no mercado internacional. Sua característica de consumo doméstica faz com que o preço seja ainda mais volátil no mercado. Com a demanda estável, os preços são fortemente influenciados pela sazonalidade de produção, ou mesmo, pelo desempenho das safras no país.

Produção total de feijão comum cores (1ª, 2ª e 3ª safra – Ano Safra 2019/20*).




Feijão Comum Preto


Feijão-preto, da feijoada ao caldo

O feijão-preto pertence à espécie Phaseolus vulgaris L.

Apesar de ser a principal matéria prima da feijoada – marca registrada do país - e ter cultivos em quase todas as Unidades da Federação, os estados do Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul e Minas Gerais lideram a produção e o consumo dessa variedade. Apesar da viabilidade do cultivo em três safras, a produção concentra-se basicamente na primeira e segunda safra devido, principalmente, às condições climáticas das principais regiões produtoras. Para a safra 2019/2020 estima-se uma produção de 509 mil toneladas (Conab, 2020).

Diferente de outras variedades, o Brasil compartilha o hábito de consumo de feijão preto com outros países da América Latina. Não é difícil que em momentos de menor produção, ou altas de preço, que o Brasil realize a importação de feijão preto, oriundo normalmente da Argentina. Em 2019, o Brasil importou 130,3 mil toneladas de feijão preto das quais 94% foram oriundas da Argentina.




Feijão Comum Branco


O feijão-branco, um gringo na dieta brasileira

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Apesar da produção nacional quase nula de feijão-branco, os brasileiros importam entre 10 e 15 mil toneladas de feijão branco por ano. O feijão-branco é uma variedade da espécie Phaseolus vulgaris L., que difere geneticamente dos feijões de tegumento claro, comumente cultivados no país como o feijão-caupi (Vigna unguiculata).

A importação de feijão-branco em 2019 atingiu quase 12 mil toneladas. A Argentina é o principal fornecedor desse feijão para o Brasil.


Feijão Caupi


Feijão-caupi, a Africa no Nordeste Brasileiro

Com origem no continente africano, o feijão-caupi é cultivado no Brasil desde o Século XVI. Diferente dos demais feijões amplamente cultivados no país, o feijão-caupi não pertence à espécie Phaseolus vulgaris e sim à espécie Vigna unguiculata (L.).

No Brasil, dependendo da região, pode ser conhecido como feijão-de-corda, feijão-fradinho, feijão de praia, feijão miúdo e feijão macaçar. O feijão-caupi é o segundo feijão mais cultivado no país. Para a safra 2019/2020, a Conab estima uma produção superior a 722 mil toneladas. Apesar de a produção ser expressiva em 17 Unidades da Federação, as regiões Norte e Nordeste são responsáveis por mais de 75% da produção nacional. A produção está muito alinhada ao hábito de consumo da população destas regiões.

Apesar da sua expressão regional, o bom desempenho dos cultivos tem atraído empresários de outras regiões do país, como é o caso do Mato Grosso, que na safra 2019/2020 já se configura como o segundo maior produtor nacional.

Além da boa aceitação no mercado interno, o feijão-caupi tem ganhado cada vez mais novos mercados. Em 2019, o Brasil exportou 43 mil toneladas que foram destinadas para 40 países da Europa, Ásia, África, América do Norte e Oriente Médio.




Outros Feijões


Feijão-mungo-verde, do grão ao broto

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Apesar de ser uma espécie diferente, o feijão-mungo-verde é uma leguminosa do mesmo gênero (Vigna spp.) do feijão-caupi. O feijão mungo-verde pertence à espécie Vigna radiata (L.) e tem como centro de origem a Índia. O mungo-verde ou mungbean é muito consumido pela população asiática, onde se concentra a maior produção desse tipo de feijão.

O feijão-mungo-verde é uma planta de porte ereto ou semiereto, com altura variando de 30 a 150 cm, de ciclo de 60 a 85 dias. Devido ao porte da planta, a colheita pode ser mecanizada, inclusive com o ajuste e utilização de maquinários desenvolvidos para a soja.

Apesar da boa adaptação às condições climáticas do Brasil e de apresentar bom desempenho agronômico no país, a produção do feijão-mungo-verde ainda é recente e inexpressiva devido ao desenvolvimento tímido do mercado, mas o consumo do broto recém-germinado (moayshi) já é bem aceito pela população brasileira.


Feijão-azuki, doce ou salgado

O feijão-azuki (Vigna angularis) é mais uma leguminosa anual de origem asiática e com grande consumo no Japão, China e Coréia em pratos salgados ou mesmo em sobremesas.

Porém, diferente das demais espécies do gênero Vigna spp., normalmente consumidas no país, o feijão-azuki é adaptado às condições de clima subtropical e não resiste a geadas e possui desenvolvimento prejudicado em baixas temperaturas. Os cultivos apresentam bom desempenho em temperaturas variando de 15º a 30ºC.

A depender da cultivar, o feijão-azuki apresenta ciclo precoce, intermediário e tardio, que pode variar de 69 a 120 dias e sua produtividade varia de acordo com a época de plantio e região, podendo atingir valores acima de 1.500 kg/ha. Apesar da produção ainda diminuta, atualmente, o cultivo do feijão-azuki é realizado nos estados de São Paulo, Minas Gerais, Goiás e Mato Grosso.



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