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Senar/PI promove curso de meliponicultura em Bela Vista do Piauí
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Ao longo do curso, uma gama diversificada de tópicos foi abordada, incluindo a importância da conservação das abelhas e das matas nativas

21 de agosto 2023

Por: Sistema FAEPI SENAR/PI

O Serviço Nacional de Aprendizagem Rural – SENAR/PI realizou o primeiro curso de meliponicultora, no município de Bela Vista do Piauí. Foram três dias de curso para uma turma de 15 alunos, todos associados a AMBV-PI (Associação de Meliponicultoras e Meliponicultores de Bela Vista do Piauí).

A meliponicultura é a criação racional de abelhas nativas sem ferrão. O curso proporcionou a oportunidade de fomentar a prática da criação das abelhas nativas da caatinga piauiense de forma sustentável, observando as potencialidades locais de flora e fauna e a agregação de valor da renda dos pequenos produtores rurais, visto que a atividade proporciona, além da conservação das espécies de abelhas nativas, a venda dos produtos das colmeias como o mel, a própolis e o pólen na complementação da renda da agricultura familiar e contribui para melhoria da qualidade de vida pelo contato e observação da mata local.

Dalila Meneses enfatiza que trabalhar com as abelhas não apenas proporciona ganhos financeiros, mas também recompensas emocionais àqueles que desenvolvem um profundo vínculo com a natureza. “A conscientização sobre a necessidade de preservar as abelhas nativas em um ambiente de mata nativa preservada se torna uma lição inestimável”, explica.

Ao longo do curso, uma gama diversificada de tópicos foi abordada, incluindo a importância da conservação das abelhas e das matas nativas, a biologia das abelhas, os diversos tipos de abelhas nativas presentes tanto no Brasil quanto no ecossistema local, e a relevância das abelhas do ponto de vista ambiental, social e econômico.

Questões legais, o calendário meliponícola, a arquitetura dos ninhos das abelhas nativas, modelos de caixas para criação racional, a produção de ninhos isca para captura de enxames na natureza, visitas a meliponários, e propostas para o cadastramento (CTF- Cadastro Técnico Federal) dos meliponários junto ao IBAMA foram temas cuidadosamente explorados.

Além disso, foram discutidos planos para ações futuras, como a instalação de um viveiro voltado para a produção de plantas nativas da caatinga e cursos para o beneficiamento dos produtos das abelhas (mel, pólen e própolis).

Dalila ressalta a dedicação unânime dos participantes ao desenvolvimento dessa atividade no município. “Todos bem comprometidos com o desenvolvimento da atividade no município, preocupados não só com o econômico, mas também com os cuidados e respeito a preservação e conservação das abelhas. Alguns com bons conhecimentos prévios da atividade e outros buscando se aprimorar mais ainda nas técnicas de manejo”, afirma.

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