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Senar-MT inicia projeto piloto da ATeG Grãos oferecendo suporte personalizado a produtores rurais
A nova frente realiza visitas semanais nas propriedades pelo período de 24 meses e será implementada no município de Nova Mutum e já iniciou atendimentos em Lucas do Rio Verde
Por: Ana Frutuoso
Fonte: Ascom Senar-MT
A Assistência Técnica e Gerencial do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural de Mato Grosso iniciou o piloto da ATeG Grãos, atendendo sete produtores no município de Lucas do Rio Verde. A nova frente realiza visitas semanais nas propriedades pelo período de 24 meses e será implementada no município de Nova Mutum, com início das visitas previstas para o mês de janeiro.
A ATeG oferece aos produtores visitas com um técnico de campo. O foco é na geração de renda, melhoria da produção e gestão rural de forma educativa, promovendo a evolução socioeconômica dos produtores, suas famílias e toda a comunidade rural.
No início deste ano, a nova frente de atendimentos da ATeG foi solicitada pelo presidente do Sistema Famato, Vilmondes Tomain, para atender a demanda específica de produtores da cadeia produtiva de grãos. Assim, o então presidente do Sindicato Rural de Lucas do Rio Verde, Marcelo Lupatini, que atualmente é superintendente do Senar-MT, e o presidente do Sindicato Rural de Nova Mutum, Paulo Zen, juntamente com os profissionais do Senar-MT, identificaram a necessidade de adequar a metodologia existente para essa modalidade de cultivo.
O gerente da ATeG, Bruno de Faria, destaca que o programa foi criado com base no perfil das propriedades de Mato Grosso e, através dele, os produtores serão acompanhados. Será feito um levantamento para ajustar o projeto e, finalmente, oferecer a ATeG Grãos para que os demais sindicatos atendam os produtores.
“O principal é atendermos pequenos, médios e grandes produtores na área de grãos dentro do estado. Trata-se de um projeto inovador e pioneiro, no qual colocamos à disposição dos nossos produtores assim que o piloto for concluído. O Senar-MT está sempre empenhado em entender as necessidades dos produtores e, com certeza, esse programa será um sucesso para o nosso estado, que é um grande produtor de grãos”, expressa Bruno.
A metodologia atual para esta modalidade atende 30 produtores com visitas mensais, durante quatro horas, e ainda não havia sido implementada em Mato Grosso. Assim, para contemplar os produtores de grãos com as demandas solicitadas, o projeto foi elaborado para grupos de sete produtores, com visitas semanais.
De acordo com Ianna Marília Alves, supervisora da ATeG, a ATeG Grãos possui particularidades em relação a outras cadeias produtivas pelo forte poptência agrícola do estado e pela dinâmica das culturas. “Em uma semana, acontece muita coisa em uma lavoura e ter um técnico especialista na área, presencialmente toda semana, ajuda o produtor na tomada de decisão, o que influencia na sua produtividade no final da safra.”
A elaboração do projeto piloto contou também com o apoio do Instituto AgriHub, na busca de empresas de soluções que auxiliem os produtores. Assim, foi elaborado um aplicativo que será uma ferramenta para ajudar no controle das propriedades, realizando check-in e check-out, sinalizando onde o técnico de campo passou nos talhões e o que identificou, além de permitir o lançamento de estoque de produtos, entre outras facilidades.
A técnica de campo credenciada pelo Senar-MT, engenheira agrônoma Rubia Crivelli, já iniciou as visitas e relata que, neste primeiro momento, já é possível identificar que a área que mais precisa ser trabalhada nas propriedades é a gerencial.
“A maior necessidade é na gestão: realizar os controles, anotações, entender a necessidade de ter processos estabelecidos. Esses produtores são experientes, já estão na atividade há bastante tempo e cultivam grãos e fibras para fins comerciais”, detalha Rubia.
Marlon Felipe Copini, que trabalha com o pai e o irmão na Fazenda Recanto Dourado há dez anos, abraçou a oportunidade de receber a ATeG Grãos para organizar melhor o financeiro e, com isso, poder entrar no mercado com maior competitividade. Ele conta que, nestes primeiros atendimentos, estão organizando os lançamentos e colocando-os na plataforma, esperando que esses números possam auxiliar nas tomadas de decisão.
“Com o método utilizado pela ATeG, estamos tendo um controle melhor, com resultados em tempo quase real do manejo que fizemos. Agradeço a oportunidade de fazer parte do piloto desse programa e espero que, com esse trabalho, possamos mostrar para os produtores que a gestão financeira é tão importante quanto a gestão de produtividade, pois tudo aquilo que não é mensurável não é controlado, e pecamos muito nessa questão”, conclui Marlon.