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Paraná é declarado área livre da Peste Suína Clássica de forma isolada
Suinos

Organização Mundial de Saúde Animal desmembra reconhecimento do Estado, que antes era atrelado a um único bloco com outras 14 unidades da federação

1 de junho 2021

Por: Comunicação Social – Sistema FAEP/SENAR-PR

Além do reconhecimento de área livre de febre aftosa sem vacinação, a Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) desmembrou o Paraná e concedeu ao Estado o status de território livre de Peste Suína Clássica (PSC). Esse título é de suma importância para que se consiga exportar carne suína para o mundo. Antes, os paranaenses estavam num bloco único com 14 Estados brasileiros e o Distrito Federal, reconhecido em 2016. A novidade garante mais segurança a toda a cadeia produtiva de suínos em território paranaense.

A separação do Paraná começou com uma instrução normativa assinada pela ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Tereza Cristina, no dia 6 de dezembro de 2019. Esse documento reconheceu o Estado como área livre peste suína clássica (PSC) de maneira isolada, fora do bloco com outros 14 Estados e o Distrito Federal.

Rafael Gonçalves Dias, gerente de saúde animal da Agência de Defesa Agropecuária (Adapar), explica que a PSC é uma doença erradicada no Paraná. Porém em alguns Estados do Nordeste a enfermidade é endêmica. Caso a doença passe a divisa para um dos Estados do bloco de 14, isso bloquearia as exportações, inclusive as paranaenses – ainda que este fique a milhares de quilômetros de distância. “É uma conquista de suma importância para os paranaenses, tão importante quanto o avanço na questão da febre aftosa”, comemora Dias.

“A sanidade é uma prioridade há décadas no Paraná, não apenas em relação à febre aftosa. Nós investimos muito esforço e recursos financeiros para construir um sistema sanitário sólido, com a sinergia entre setores público e privado. Agora estamos colhendo os resultados, com o reconhecimento de que somos capazes de fornecer segurança alimentar para o mundo”, completa o presidente do Sistema FAEP/SENAR-PR, Ágide Meneguette.

O processo para chegar a esse reconhecimento individual foi parecido com o que culminou com o reconhecimento da aftosa. Segundo Dias, foi feito um relatório para OIE que detalha a estrutura sanitária do Paraná. Realizou-se uma avaliação, pelo grupo Ad hoc (grupo especial criado pela OIE para analisar os dados do Estado), e os documentos também foram apreciados pelos países-membros do órgão internacional.

A Peste Suína Clássica é uma doença contagiosa hemorrágica que causa mortalidade nos suínos, especialmente nos leitões. Ela é provocada por um vírus que pertence à família Asfarviridae. Esses microrganismos não infectam seres humanos, somente insetos e suídeos. A doença não tem tratamento e causa grande impacto econômico, já que é uma das sete doenças para as quais a OIE oferece monitoramento e certificações.

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