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Mapa defende análise de risco e não princípio da precaução na questão da resistência antimicrobiana
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26 de agosto 2016
Por CNA

Brasília (26/08/2016) – A resistência antimicrobiana em animais tem sido discutida na medicina veterinária e em todo o setor agropecuário. Para debater o tema, a Secretaria de Defesa Agropecuária do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), reuniu representantes do setor, nessa quarta-feira (24/08), em Brasília. Cenário, ações, expectativas e possibilidades de contribuição com o plano de ação nacional foram os principais temas do encontro.

Os antimicrobianos são usados para tratamento de doenças infecciosas em animais de produção, como gado, aves, suínos e peixes. A resistência acontece quando um microrganismo (bactéria), que antes era afetado, adquire a capacidade de suportar esse tratamento. Dentre as recomendações da Comissão Pan-Americana de Inocuidade dos Alimentos (COPAIA), para controle do problema, estão a promoção de boas práticas em sanidade agropecuária e aquícola para diminuir o uso de antimicrobianos e melhorar a capacidade laboratorial e de sistemas integrados de vigilância.

O Coordenador de Produção Animal da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), Juliano Hoffmann, apresentou as principais ações do Grupo Técnico de Sanidade Animal sobre o tema, como a realização de reuniões específicas para tratar da resistência de microrganismos. “O produtor rural está ciente da importância deste assunto e espera ser um ator no processo, não apenas ser informado para cumprir o que venha a ser proposto no Plano de Ação Nacional sobre Resistência aos Antimicrobianos. Na reunião, ficou claro que todas as ações devem ter base científica, para que não seja imputada a responsabilidade da resistência antimicrobiana somente ao setor agropecuário, sendo dadas alternativas viáveis ao uso dos antimicrobianos sem prejudicar a produtividade”.

Segundo Juliano, a simples adoção do receituário veterinário não vai ajudar a resolver o problema, pois hoje pesquisadores admitem que não há informação sobre quais bactérias da interface animal/humana apresentam resistência e nem quais antibióticos utilizados, tanto na veterinária quanto na medicina, são importantes controlar. “Também há necessidade de sabermos dos órgãos de classe a distribuição de profissionais nas diferentes regiões do país, pois o produtor rural não gasta seu dinheiro com antibióticos por que quer, mas por que precisa, e não ter acesso ao receituário irá prejudicá-lo”, afirmou Juliano.

O representante da CNA também citou a avaliação realizada sobre o tema na Reunião Interamericana Ministerial de Saúde e Agricultura (RIMSA), já que o assunto é transversal entre a saúde animal e humana, envolvendo tanto o Ministério da Saúde quanto o Mapa aqui no Brasil. Na RIMSA, as principais recomendações aprovadas foram restringir o uso em animais, dos antibióticos importantes para os seres humanos, implementar a farmacovigilância e otimizar o controle de riscos para os seres humanos, animais e meio ambiente.

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