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Jornada CNA – Palestrantes debatem desafios da saúde e avanços da telemedicina
Geral saude

Evento foi promovido na quinta (12), em Brasília

12 de maio 2022
Por CNA

Brasília (12/05/2022) – Os desafios da saúde pública e privada e os avanços da telemedicina no Brasil foram discutidos na 3ª edição da Jornada CNA – Eleições 2022, promovida pela Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil, na quinta (12), em Brasília.

O evento, que debateu saúde e segurança, faz parte de uma série de encontros com a participação de especialistas, políticos, lideranças e autoridades. As ideias e propostas debatidas nos encontros servirão para a elaboração de um documento que será entregue aos candidatos à Presidência da República e aos parlamentares.

Para o painel de Saúde foram convidados a deputada federal do Partido Novo-SP, Adriana Ventura, o secretário executivo da Confederação Nacional da Saúde, Bruno Sobral, e o secretário-geral do Instituto Brasileiro das Organizações Sociais de Saúde (Ibross), Renilson Rehem.

Em sua exposição, a deputada Adriana Ventura afirmou que a telemedicina é uma ferramenta fundamental para a população ter acesso à saúde. “Durante a pandemia, vários estados brasileiros deram exemplos de como a telemedicina traz benefícios e as pessoas se adaptaram a esse novo formato de atendimento”.

Para a deputada, a tecnologia já avançou muito no país, mas ainda precisa enfrentar alguns desafios, como a capacitação de profissionais da saúde e a melhoria da informatização e infraestrutura no Sistema Único de Saúde (SUS). “Temos que levar formação, tecnologia e inovação a esses profissionais que atuam na ponta”.

Segundo Bruno Sobral, o sistema de saúde no Brasil ainda é fragmentado e muito desigual. “O gasto total com a saúde é de R$ 700 bilhões. Desses, 60% são de gastos privados (planos de saúde, medicamentos, assistência) e os outros 40% são de gastos públicos, o que demonstra uma desigualdade”.

Para o secretário executivo da Confederação Nacional da Saúde, um dos desafios do setor é trabalhar a política e dar escala aos sistemas público e privado. “Os processos de gestão e de trabalho precisam ser melhorados, o que demanda um investimento grande”, disse.

Durante sua fala, o secretário-geral do Ibross, Renilson Rehem, destacou os desafios da gestão do Sistema Único de Saúde. “Para mudar a entrega dos serviços de saúde no país é necessário melhorar a eficiência do gasto público, repensar a responsabilidade dos municípios no sistema de saúde e mudar o foco para as regiões”, explicou.

Renilson também falou sobre a atenção primária à saúde (APS). “Existe um consenso de que a atenção primária tem que ser prioridade no país, mas não é isso que acontece. Se ela não der continuidade nos níveis secundário e terciário, a população entende que é melhor ir ao hospital e por isso eles vivem cheios. Então, se dermos condições de garantir essa continuidade, vamos melhorar a racionalidade do sistema”.

Assista o debate na íntegra:

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