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Minas Gerais

Fundação Solidaridad apresenta ferramentas para auxiliar cafeicultores do Programa ATeG em desafios do negócio

7 de fevereiro 2020

Por: SENAR MINAS

Ferramentas para levantamento de dados, desde o Índice de Sustentabilidade Ambiental até informações de gestão e comercialização na cadeia produtiva do café para auxiliar na tomada de decisão e adaptação do produtor em um cenário com influência de mudanças climáticas: essa é a proposta de trabalho que uma equipe da Fundação Solidaridad apresentou ao Sistema Faemg / Senar Minas na última semana, durante reunião com o coordenador de Formação Profissional Rural (FPR) da entidade, Luiz Ronilson Paiva, e o analista técnico da FPR Harrison Belico, coordenador do segmento de café do Programa de Assistência Técnica e Gerencial – ATeG. O trabalho da Fundação Solidaridad será complementar ao ISA (Indicadores de Sustentabilidade em Agrosistemas), que já vem sendo aplicado junto aos produtores de café.

O trabalho será desenvolvido durante um ano e o grupo estará em campo na próxima semana, atuando junto com os técnicos e supervisores do Programa ATeG. Todas as regiões que possuem cultivo de café estão envolvidas no projeto, como conta Luiz Ronilson Paiva. “Primeiro a equipe irá para Lavras e depois segue para as Matas de Minas para aplicar essas ferramentas. É um projeto bem interessante”, acrescenta.

O gerente de programas da Fundação Solidaridad, Xavier Vincent Andrillon, explicou que a entidade viu no trabalho do Senar a possibilidade de transferir esse conhecimento. As ações serão focadas no levantamento de qual é a situação, em termos de adaptação e mitigação dos efeitos climáticos na atividade. A partir disso, serão criados bancos de dados através de ferramentas de coleta de informação que a fundação disponibiliza, que têm capacidade de tornar o dado bruto em uma informação acessível para gestores, técnicos e produtores.

Desafios da cadeia

“As análises serão complementadas por estudos qualitativos para entendermos se os produtores adotam ou deixam de adotar certas práticas de adaptação e mitigação, quais são os fatores que permitem que isso aconteça, e o que impede que isso aconteça. É muito importante entender os gargalos, as limitações que os produtores podem ter”, detalha o gestor da Solidaridad, que estava acompanhado dos consultores Laila Garcia Marques e Vanderlei Franck Thies, e da gestora de projetos da Fundação, Maíra Nascimento.

A comercialização, um dos grandes desafios dos cafeicultores até hoje, também será objeto do estudo. “Queremos entender como valorizar mais o café que vem de Minas Gerais, especialmente aquele cultivado em regiões de morros, como vende-lo como café especial. Muitos produtores hoje não têm acesso a compradores que paguem o preço justo em um café especial, então acabam vendendo pelo preço de café commodity . O diagnóstico agrário vai mapear essa cadeia, quem hoje absorve essa demanda, questões logísticas e muito mais que tem a ver com isso”, conclui Xavier Andrillon.

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