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Santa Catarina

Faesc orienta produtores ante previsões de perdas econômicas
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1º vice-presidente de secretaria da Faesc, Enori Barbieri, orienta os produtores para que avaliem se o resultado econômico das safras de milho e soja será suficiente para a cobertura dos custos e do pagamento dos financiamentos

6 de fevereiro 2024

Por: MB COMUNICAÇÃO

Fonte: SISTEMA FAESC/SENAR

Diante das expectativas de resultados negativos da safra 2023/2024, que começa a ser colhida, – em razão do excesso de calor e das chuvas intensas – a Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Santa Catarina (Faesc) está alertando os produtores rurais para que adotem medidas visando proteção da atividade em caso de perdas na colheita ou perdas na formação de preços de venda dos produtos agrícolas.

O 1º vice-presidente de secretaria da Faesc, Enori Barbieri, orienta os produtores para que avaliem se o resultado econômico das safras de milho e soja será suficiente para a cobertura dos custos e do pagamento dos financiamentos. Na hipótese de as receitas não cobrirem gastos e custos, a Faesc sugere ao produtor duas providências. Uma medida é contratar um profissional para elaborar um laudo técnico das perdas para ser apresentado, oportunamente, aos Bancos na hora de reivindicar a prorrogação de financiamentos. Outra iniciativa é solicitar a autoridade municipal para baixar decreto de calamidade econômica, criando condições jurídicas para embasar as reivindicações.

Todas os diagnósticos apontam para um ano difícil para a agricultura brasileira nesse momento de intempéries climáticas e preços achatados. “A saca de soja que já valeu R$ 204,00 no mercado, está sendo negociada abaixo de R$ 100,00. A saca de milho caiu de R$ 100,00 para R$ 50, 00”, exemplifica o dirigente. Em Santa Catarina, a safra de verão terá quebra entre 15% e 20%.

Barbieri aponta que os efeitos do El Niño, aliado às questões mercadológicas, como redução nos preços de diversos produtos agropecuários, geraram considerável instabilidade aos produtores brasileiros e muitos enfrentam obstáculos para cumprir com os compromissos financeiros previamente contratados.

Em face desse quadro de dificuldades que se avizinha, a Faesc e a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) estão defendendo medidas de apoio aos produtores rurais impactados pelas adversidades climáticas na safra 2023/2024. Em documento entregue ao Ministério da Agricultura na semana passada, a CNA apresenta propostas para minimizar os prejuízos causados pela intensificação da seca e ocorrência de chuvas excessivas, em virtude do fenômeno El Niño, que resultaram em danos substanciais às plantações e rebanhos em várias regiões do país. As sugestões de medidas incluem seis grandes propostas, divididas em dois temas: crédito rural e comercialização. O material foi elaborado em conjunto com as Federações de Agricultura Estaduais. Os efeitos do El Niño serão sentidos até o início do outono e há possibilidade de quebra de safra na produção de soja e milho em algumas regiões, o que tem gerado preocupação aos produtores rurais.

APOIO E PRORROGAÇÃO

A Faesc e a Confederação solicitam a prorrogação de operações vigentes em um período mínimo de 12 meses, mantendo as condições inicialmente acordadas, incluindo as taxas e encargos, além de simplificar os formulários de comprovação de perdas. Também propõe a renegociação de operações de crédito vencidas, que não puderam ser liquidadas devido às condições climáticas adversas. Ainda, foi solicitado que os formulários de comprovação de perdas sejam simplificados, dada a urgência do pleito. As entidades esperam que, no próximo plano safra, o Seguro Rural seja reforçado e conte com dispositivos de assistência em casos de catástrofes.

Outra proposta é a antecipação das linhas de pré-custeio, com condições especiais de taxas e prazos. A medida vai ajudar a reduzir os riscos associados à atividade agrícola, possibilitando a recuperação da capacidade produtiva e proporcionando um alívio financeiro para as propriedades rurais. Também foi sugerida a implementação de instrumentos de apoio à comercialização, a fim de reduzir as flutuações na renda dos produtores rurais, garantindo uma remuneração mínima e o acesso a itens essenciais para a produção, por meio de vendas diretas.

Outras reivindicações: atualização dos preços mínimos; a oferta dos Prêmios Equalizador Pago ao Produtor (PEPRO) e para o Escoamento do Produto (PEP); a continuidade das Aquisições do Governo Federal (AGF); o fortalecimento do Programa de Venda em Balcão com melhores condições e a ampliação do Programa de Garantia de Preço para a Agricultura Familiar (PGPAF).