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Faepa inaugura Escola-Indústria de Chocolate e Complexo Renkichi Hiraga em Tomé-Açu (PA)
Inaugurado Complexo Renkichi Hiraga e a Escola-Indústria do Chocolate Senar, destacando parcerias e contribuição japonesa em Tomé-Açu, no Pará.
Por: Paula Catarina Costa
Fonte: Ascom Faepa - PA
A cidade de Tomé-Açu, no Pará, passou a contar, desde o dia 29 de fevereiro, com o Complexo Renkichi Hiraga e com a Escola-Indústria do Chocolate Senar. A inauguração da nova sede dos Sindicato dos Produtores Rurais de Tomé-Açu também foi uma homenagem à contribuição da cultura japonesa para a agricultura paraense, contou ainda com a presença do presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Pará (FAEPA), Carlos Xavier, e do Cônsul-Principal do Japão em Belém, Morita Satoshi.
O espaço, atualmente denominado Complexo Renkichi Hiraga, em homenagem ao Eng. Agrônomo, considerado o precursor do SAFTA – Sistema Agroflorestal De Tomé-Açu, agora é um polo de verticalização da produção do cacau no município, ao contar também com a Escola Indústria de Chocolate Senar, projeto desenvolvido pela (FAEPA) e o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar), em parceria com o Governo do Estado do Pará, através da Secretaria de Desenvolvimento Agropecuário e da Pesca (Sedap) e do Fundo de Desenvolvimento da Cacauicultura do Pará (Funcacau), e a Comissão Executiva do Plano da Lavoura Cacaueira (Ceplac).
Estiveram presentes ao evento, diversas autoridades estaduais e municipais, dentre as quais o Secretário de Estado de Desenvolvimento Agropecuário e da Pesca do Pará, Giovanni Queiroz; que destacou o sistema agroflorestal como uma das inovações da cultura japonesa para o estado do Pará. Também prestigiaram o momento o vice-prefeito de Tomé-Açu, Rosielson Bandeira; Alírio Tavares, secretário Municipal de Agricultura – Tomé-Açu; Carlos Vinícius, deputado Estadual do Pará; Bruno Kono - presidente Iterpa; Marcel do Nascimento Botelho, diretor Presidente FAPESPA; Alberto Ke Iti Oppata, presidente da CAMTA; Jesus Nazareno de Sena SUPERINTENDENTE do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), entre outras autoridades.
Os convidados foram recepcionados ao som do tambor japonês – Taiko, procedendo-se, na sequência, o hasteamento das bandeiras do Brasil, Pará, município de Tomé-Açú, do Sistema Faepa/Senar e do Japão, essa última hasteada pelo cônsul Morita Satoshi, homenageando a presença japonesa no estado do Pará. Logo após, efetuou-se o descerramento das placas do Jardim Carlos Xavier, uma homenagem ao presidente da FAEPA, e inauguração do Complexo Renkichi Hiraga.
O presidente do Sindicato dos Produtores Rurais de Tomé-Açu, Elton Daisen , em seu discurso na solenidade de inauguração, assim se manifestou: “ao perguntar a nossa diretoria do sindicato sobre o que dizer, eles me disseram somente agradeça. É isso que gostaria de fazer neste momento, pois foi motivo de orgulho acompanhar todo processo de revitalização da antiga Escola Ipitinga, onde um dos nossos diretores também foi aluno, assim como disponibilizar, ao público interessado, serviços e benefícios por meio de programas, cursos técnicos, formação profissional e cursos de chocolate por meio da Escola-Indústria. Esta é uma grande conquista para todos nós”.
O superintendente do Senar-Adm/PA, Walter Cardoso, ressaltou que a Escola Indústria de Chocolate Senar possui instrutores altamente capacitados, entre eles, pessoas premiadas, nacionalmente e internacionalmente, busca incentivar o produtor rural na atribuição de valor ao cultivo do fruto, com tecnologia e possibilidades de negócios. “Nesse evento, tivemos a oportunidade de disponibilizar para a sociedade de Tomé-Açu as boas práticas, as boas técnicas, os bons costumes. Esse é o compromisso do Senar e é por isso que nós nos sentimos muito honrados. Destaco ainda a parceria com a Secretaria de Agricultura (Sedap), que nos possibilitou a inauguração dessa escola indústria do chocolate no município, assim como agradecer a Prefeitura, que doou o terreno e o SENAR buscou corresponder às expectativas desse magnífico espaço”.
Durante a solenidade, foi anunciada, pelo Diretor Superintendente do Sebrae-PA, Rubens Magno, a implantação do polo de atendimento do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (SEBRAE) aos empreendedores de Tomé-Açu, nas instalações do Complexo Renkichi Hiraga, objeto de Termo de Compromisso assinado entre o SEBRAE e os Sistema FAEPA/SENAR, com o objetivo de incentivar o desenvolvimento de atividades no eixos de Turismo e Gastronomia.
Restauração – Escola Ipitinga - Incentivo à Educação
Na década de 50, doze famílias de imigrantes japoneses instalaram-se na colônia de Tomé-Açu, no ramal Ipitinga, hoje conhecida como Ramal Boa Vista. Ao perceberem a dificuldade em relação a educação de seus filhos na aprendizagem da Língua Portuguesa, começaram a ministrar aula nas propriedades do Sr. Takeshi Taketa e do Sr. Riuemon Yokoyama, sendo as primeiras professoras a Sra. Kono Taketa e Sra. Lucia Yokoyama, respectivamente esposas dos proprietários. O número de alunos foi aumentando com o passar do tempo, sendo necessária a construção de um espaço próprio que comportasse a demanda existente. Desse modo, em sistema de mutirão, foi construída a Antiga Escola Ipitinga, inicialmente chamada de Escola Isolada de Classe Ipitinga, nominada, posteriormente, Escola Municipalizada de Ensino Fundamental de Ipitinga.
Em 2020, a Diretoria do Sindicato dos Produtores Rurais de Tomé-Açu vislumbrou a perspectiva de implementação de uma escola Indústria para a cidade, solicitando apoio à FAEPA. O Projeto da Escola Indústria de Chocolate SENAR, que só foi possível por meio da parceria entre o Sistema FAEPA/SENAR e recursos do FUNCACAU. O Fundo de Apoio à Cacauicultura do Estado do Pará – FUNCACAU, instituído pela Lei n.º 7.093, de 16 de janeiro de 2008, publicada no Diário Oficial do Estado – DOE Nº 31.090, de 18/1/2008, tem duração indeterminada e por finalidade dar suporte financeiro as ações e projetos priorizados no PAC CACAU-PA com vistas a atender os seguintes objetivos, como a garantia da expansão e consolidação da cacauicultura no Estado do Pará, através dos instrumentos de Assistência Técnica e Extensão Rural, Pesquisa e Fomento, executados por órgãos ou instituições oficiais e entidades privadas, ambas com competência técnica com a manifestação previa dada pela Comissão Executiva da Lavoura Cacaueira – CEPLAC. Também atua no sentido de estimular investimentos públicos e privados voltados à verticalização e agroindustrialização da produção de cacau, através de incentivos fiscais a projetos desenvolvidos por produtores, cooperativas ou associações de produtores.