Mato Grosso do Sul
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ESG: As diretrizes corporativas que impactam diferentes camadas da sociedade
Da sigla em inglês: Environmental (Ambiental), Social (Social) e Governance (Governança), propõe implementar as áreas de atuação com metodologias sustentáveis
O ESG são diretrizes que influenciam nos compromissos de organizações do agronegócio e de outros setores. A iniciativa privada é estimulada pelo mercado a aplicar essas práticas e o setor público atua propondo políticas de estado que se correlacionam a essa pauta.
“O Senar/MS vai promover, por meio da ATeG ESG (Assistência Técnica e Gerencial), melhorias nas propriedades rurais com um modelo de gestão sustentável e suas vertentes sociais, econômicas e ambientais proporcionado um equilíbrio entre as atividades realizadas dentro e fora da porteira, auxiliando o produtor rural no desenvolvimento, com base na ATeG e ações que já são praticadas no campo”, explica o gerente técnico do Sistema Famasul, José Pádua.
Para a realidade dos ambientes corporativos, a sigla ESG (ASG em português) traz detalhes de como uma empresa pode se portar perante diferentes áreas de atuação para valorização do seu negócio.
Entre as diversas finalidades existentes do ESG, na agropecuária podemos destacar as seguintes: Environmental busca índices sobre os recursos hídricos e emissão de carbono e sustentabilidade nos meios socioeconômicos; Social segue as leis trabalhistas e condições de saúde e segurança no trabalho, fomenta a economia circular e promove a transparência; Governance oferece transparência, ética e integridade dentro das instituições, buscando alinhamento entre os setores e certificações de sustentabilidade.
O Sistema Famasul implementa em 2022 a metodologia dentro de suas ações para colaboradores, prestadores de serviços e sindicatos rurais, além de lançar uma nova ação da Assistência Técnica e Gerencial com o objetivo de disseminar informações, apoiar a melhoria contínua e incentivar os produtores a atuarem de forma mais pertinente para atender às novas exigências socioambientais e tendência de mercado, que estão cada vez mais apuradas.
ESG na prática - Alinhado à metodologia ESG, o Brasil implantou o Plano Agricultura de Baixa Emissão de Carbono (Plano ABC); Política Nacional de Biocombustíveis (RenovaBio); Programa Nacional de Solos do Brasil (Pronasolos); Programa de Bioinsumos; Zoneamento Agrícola de Risco Climático (ZARC); Política Nacional de Pagamento por Serviços Ambientais; Ratificação do Acordo de Nagóia sobre biodiversidade e o Código Florestal.
No Plano Safra 2021/2022, o recurso disponível para o Programa ABC foi R$ 5,05 bilhões e representou aumento de 101% em relação ao Plano safra 2020/2021. O valor acessado na safra 2021/2022, até abril, totalizou R$ 2,9 bilhões e representou alta de 36,4% em relação ao valor utilizado na safra anterior. Em Mato Grosso do Sul, as empresas rurais aplicaram U$ 177,4 milhões em boas práticas ambientais na safra 2021/2022.
No balanço de 2021 do RenovaBio, a ANP (Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis) divulgou que as distribuidoras de combustíveis evitaram a emissão de 24,4 milhões de toneladas de GEE (Gases de Efeito Estufa) com a utilização de biocombustíveis. Esse valor corresponde a 96,8% do total das metas individuais atribuídas pela ANP e 98,2% da meta global estabelecida pelo CNPE (Conselho Nacional de Política Energética). O CBIO (Crédito de Descarbonização) foi negociado a um preço de R$ 39,31 e movimentou R$ 1,17 bilhões em 2021.
O PronaSolos (Programa Nacional de Levantamento e Interpretação de Solos no Brasil) objetiva mapear os solos de 1,3 milhão de km² do Brasil nos primeiros dez anos e mais de 6,9 milhões de km² até 2048. Em 2021, o programa divulgou novos mapas de estoque de carbono orgânico dos solos no país, consolidando-o como importante ferramenta para subsidiar políticas públicas relacionadas às mudanças climáticas e à diminuição da emissão dos Gases de Efeito Estufa, com gestão eficiente dos recursos naturais.
O Programa Nacional de Bioinsumos foi lançado em maio de 2020 pelo Mapa (Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento) com foco no aproveitamento do potencial da biodiversidade brasileira para reduzir a dependência dos produtores rurais em relação aos insumos importados e ampliar a oferta de matéria-prima para o setor.
Fonte: Assessoria de Comunicação do Sistema Famasul – Vitor Ilis