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Dia de Campo discute qualidade da silagem de milho com produtores de leite do meio oeste
O Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar/SC), órgão vinculado à Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Santa Catarina (Faesc), promoveu no último fim de semana, com a parceria do Sindicato Rural de Catanduvas, da Cootan e da Pioneer, o Dia de Campo na área de bovinocultura de leite. O evento, realizado na propriedade do produtor rural Rafael Marchetti em Jaborá, meio oeste, reuniu os participantes do Programa de Assistência Técnica e Gerencial (ATeG) da região.
A programação contemplou discussão sobre a escolha de variedades de híbrido de milho, manejo de ensilagem e qualidade de silagem. O evento foi conduzido pelo supervisor regional do meio oeste Jeam Palavro , pelo supervisor técnico Fernando da Silveira e pela técnica de campo Daniela Bessani com o apoio dos técnicos da Cootan e da Pioneer.
O supervisor Jeam Palavro avalia que, com a crescente elevação dos custos de produção na atividade leiteira, o produtor precisa produzir ainda mais silagem para garantir alimento estocado em quantidade e qualidade, pois para cada 1 kg de matéria seca de silagem de milho, é possível produzir de 1,3 a 1,7 litros de leite. “A nutrição é o setor que mais impacta nos custos de produção de leite, assim produzir alimento na propriedade e armazenar significa não estar refém das oscilações do mercado, garantindo sustentabilidade econômica para o negócio”.
ATEG BOVINOCULTURA DE LEITE
O Programa ATeG do Senar conta com uma metodologia própria e inovadora, que foca na disseminação de novas tecnologias e formas de manejo que possibilitam ao produtor obter maior conhecimento sobre a sua atividade, permitindo o desenvolvimento do seu negócio. “Além de trabalhar técnicas de manejo da produção, o programa oportuniza o acompanhamento gerencial das propriedades rurais, controlando custos e medindo os resultados econômicos das atividades”, explica a coordenadora da ATeG em SC , Paula Coimbra Nunes .
A ATeG com foco para a bovinocultura de leite em Santa Catarina iniciou 2022 com 71 grupos que reúnem 1.900 produtores em todas as regiões do Estado. O superintendente do Senar/SC, Gilmar Zanluchi, salientou que os resultados reforçam a sua importância para o fortalecimento da pecuária leiteira em Santa Catarina. "Desde que foi implementado em Santa Catarina são visíveis os resultados na gestão, na genética do rebanho e na produtividade, confirmando que todos os investimentos e esforços do Senar/SC estão valendo a pena”.
O presidente do sistema Faesc/Senar-SC, José Zeferino Pedrozo , também assinalou que o programa, tanto no segmento de bovinocultura de leite, quanto nas demais áreas que atende, representa um avanço na capacitação dos produtores rurais, preparando-os para a condução das atividades com visão empresarial e avançadas técnicas de gestão e controle. “Costumo dizer e reforço que muito mais do que quantidade, destacam-se os resultados com altos índices de produtividade e uma gestão inovadora”, finaliza.