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Dia de Campo apresenta resultados do “Forrageiras para o Semiárido” no Piauí
Na Fase 2 do projeto, animais foram introduzidos na URT para estudar a capacidade de resiliência das plantas forrageiras sob condições de pastejo e pisoteio
Por: Isolda Monteiro
Fonte: Ascom Sistema FAEPI SENAR/PI
O Projeto Forrageiras para o Semiárido - Pecuária Sustentável apresentou aos produtores os resultados da pesquisa durante o I Dia de Campo, realizado na Fase 1 em São Raimundo Nonato/PI e na Fase 2 na cidade de Paulistana/PI. A programação incluiu uma roda de conversa e palestras técnicas. Devido às chuvas dos últimos dias, com uma média acumulada de 120 milímetros, a visita técnica à URT tornou-se inviável, e o evento foi transferido para a Câmara Municipal da cidade.
Esta iniciativa, promovida pela Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), através do Instituto CNA e pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), é coordenada no Piauí pela Federação de Agricultura e Pecuária do Estado do Piauí (FAEPI) e pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar/PI), em colaboração com a Embrapa e tem como objetivo avaliar o potencial de produtividade e a adaptação das plantas forrageiras às condições climáticas do semiárido, muitas vezes recomendando novas fontes de alimento para os rebanhos.
Diego da Paz, superintendente do Senar/PI, fez a abertura do evento destacando a relevância de compartilhar os resultados do projeto e expressou gratidão aos parceiros, como o ICNA e a Embrapa. "O Projeto Forrageiras desempenha um papel importante para os produtores do semiárido, e este dia de campo oferece uma visão dos resultados que alcançamos até agora. Infelizmente, devido às chuvas intensas dos últimos dias, não será possível apresentar a URT, mas agradecemos por isso, pois sabemos das dificuldades que a estiagem causa no semiárido ", ressaltou.
Alenilda Novais, supervisora de campo do Instituto CNA, enfatizou que o objetivo do projeto é diversificar o cardápio forrageiro, introduzindo inovação tecnológica nas propriedades. Ela explicou que "o maior problema enfrentado hoje nas propriedades é a dependência de uma única forrageira para o período seco e chuvoso. O Projeto Forrageiras visa mudar essa visão, aumentando a diversidade forrageira e mostrando aos produtores a necessidade de trabalhar com mais de uma espécie forrageira para obter sucesso".
Na Fase 2 do projeto, animais foram introduzidos na URT para estudar a capacidade de resiliência das plantas forrageiras sob condições de pastejo e pisoteio de ovinos. Segundo o supervisor Hudson Marreiros, as forrageiras que se destacaram na região em termos de produtividade foram: capim-massai, aruana e, capim buffel áridus e o corrente, conhecidas por sua resistência à seca. Além disso, o cardápio forrageiro inclui a palma orelha de elefante mexicana, milho e sorgo para produção de silagem.
O produtor Oscaziano Santana ressaltou a importância do dia de campo para divulgar a pesquisa e alcançar mais produtores. Ele destacou que o manejo correto das pastagens contribuiu significativamente para o desenvolvimento dos animais, resultando em ganhos de peso e satisfação dos clientes.
“Fizemos manejo de pastagem e com isso houve o desenvolvimento da carcaça dos animais, antes que a gente não conseguisse alcançar o peso que alcançamos hoje, esse foi o principal impacto, traz mais renda e o cliente fica também satisfeito”, explica.
O evento contou com a participação de aproximadamente 150 produtores atendidos pela Assistência Técnica e Gerencial (ATEG) na cadeia produtiva da ovinocaprinocultura, além do superintendente do Senar/PI, Diego da Paz, e dos técnicos da Embrapa - Tadeu Vinhas e Francisco Monteiro, bem como os técnicos responsáveis pelas URTs Fase 1 e Fase 2, José João Carvalho e Claudemir Rodrigues, respectivamente.