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Conheça quatro histórias de viradas na vida com o ATeG
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Foi na comunidade da Boa Esperança, em Caraí, no Vale do Jequitinhonha, que quatro produtores decidiram dar uma guinada e mudar de vida, trocando a pecuária pelas hortaliças

29 de maio 2024

Por: Sistema Faemg Senar

Fonte: Sistema Faemg Senar

A comunidade da Boa Esperança, em Caraí, região conhecida pelo seu contexto rural e agrícola no Vale do Jequitinhonha, fica a 550 quilômetros de Belo Horizonte. Foi aqui que quatro produtores rurais decidiram dar uma guinada e mudar de vida, trocando a pecuária pelas hortaliças.

Antes envolvidos na bovinocultura seguindo uma tradição local, Gilmar Gonçalves de Souza, Vilani Gomes Teixeira Azevedo, Edilena Lopes de Oliveira e Gilvan Ferreira Lopes decidiram por uma mudança significativa no modo de vida e trabalho e resolveram investir na olericultura.

O Programa de Assistência Técnica e Gerencial (ATeG) do Sistema Faemg Senar foi o fator comum para que os quatro apostassem na mudança. Junto com outros 26 produtores, eles iniciaram no ATeG Olericultura em outubro de 2023 e, agora, quase oito meses depois, os resultados já são evidentes.

No sítio Boa Esperança, Gilmar Gonçalves de Souza tem uma área produtiva de 12,65 hectares, dos quais 0,02 hectares são utilizados para a olericultura. De acordo com o produtor, a meta é aumentar essa área para 0,18 hectares, conforme o planejamento anual.

Ele conta que trabalhou com gado de leite por cinco anos, com 13 animais produzindo em média 20 litros de leite por dia. Em agosto de 2023, começou a trabalhar com horticultura para consumo próprio e para comercialização no PNAE (Programa Nacional de Alimentação Escolar). Em outubro de 2023, teve a oportunidade de iniciar o ATeG, “que foi um divisor de águas, pois nunca havia tido acesso a assistência técnica”, disse.

Novo investimento

O foco dos produtores agora é o cultivo de hortaliças, legumes e ervas. Essa mudança representa não apenas uma transição nas atividades econômicas, mas também uma adaptação às condições locais e às demandas do mercado.

Edilena Lopes de Oliveira trabalhou com produção de leite por sete anos, mas percebeu que o investimento era muito alto e que não tinha estrutura e retorno suficientes. Hoje, a principal fonte de renda é a horta. Ela comercializa os produtos para a escola nos programas PAA (Programa de Aquisição de Alimentos) e PNAE, além de vender para supermercados. “De outubro do ano passado até abril deste ano, a receita aumentou cerca de 40 vezes. Um lucro bem maior com um investimento menor”, garante Edilena.

Renda triplicada

Gilvan Ferreira Lopes começou a trabalhar com gado de leite em 2017 e produzia em média 70 litros por dia. No entanto, enfrentou vários problemas, como pasto insuficiente, falta de planejamento e perda de animais, o que resultou em uma grande queda na produção. Em 2019, ao ver a mãe cultivando uma horta para consumo próprio, percebeu uma oportunidade de trabalho e começou a plantar para vender.

Ele conta que, inicialmente, comercializava no PNAE e para clientes próximos, sem nenhuma assistência técnica. Até que, no final de 2023, a chegada do ATeG melhorou significativamente a produção.

“Em outubro de 2023, minha receita era de R$ 60. Apenas um mês depois subiu para R$ 445. Em março deste ano, o valor triplicou e alcançou R$ 1.377,50. Esse aumento na renda só foi possível com a assistência que recebemos do Róbson e dos diversos cursos do Senar, como trator, olericultura, gestão de negócios e outros”, afirma Gilvan.

Desafio e sucesso

Já a produtora Vilani Gomes Teixeira Azevedo deixou a capital mineira, onde morou por 33 anos, para retornar à sua terra natal em busca de novas oportunidades. Com o incentivo da amiga e vizinha Edilena Lopes, resolveu apostar na olericultura.

“Aceitei o desafio e pretendo continuar e crescendo com o apoio do Sistema Faemg Senar. A cada visita do Robson, estou aprendendo algo novo sobre a horta, conhecimentos que jamais teria adquirido de outra forma”.

Resultados

Apesar do curto período desde o início do ATeG Olericultura, os produtores já estão colhendo bons resultados. É o que ressalta Róbson Pinheiro de Souza, o técnico de campo que atende e orienta os produtores em Caraí.

"O grande sucesso vem da coragem e da determinação que eles têm e do atendimento contínuo e especializado do ATeG. Desde o início, fizemos questão de trabalhar com um planejamento bem estruturado nas primeiras visitas, o que acelerou os resultados. Introduzimos novas culturas e variedades, além de buscar novos mercados, o que tem gerado boas perspectivas”, detalhou o profissional.

Leandro Gonçalves Moreira, supervisor técnico da Olericultura, Cafeicultura e Fruticultura no ATeG, explica que o aumento de renda e a qualidade dos produtos são resultados diretos do empenho do técnico e, principalmente, da confiança dos produtores na metodologia do ATeG.

“Quando o técnico de campo e os produtores rurais seguem os passos da metodologia ATeG, que envolve diagnosticar, planejar, adequar, formar profissionalmente e avaliar resultados, bons resultados são garantidos em um curto período. Foi exatamente o que aconteceu aqui," conclui.

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