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CNA debate mercado de grãos e ações para a mitigação de pragas quarentenárias
Comissão Nacional de Cereais, Fibras e Oleaginosas da entidade se reuniu na quinta (21)
Brasília (21/07/2022) – A Comissão de Cereais, Fibras e Oleaginosas da CNA debateu, na quinta (21), as ações em andamento para mitigação dos riscos associados à incidência de pragas consideradas quarentenárias em cargas de soja exportadas para a China e o cenário dos mercados de milho, soja e trigo.
A China notificou o Brasil da presença de sementes de plantas daninhas - consideradas quarentenárias naquele país - nos carregamentos de soja. O assessor técnico da comissão, Tiago Pereira, mencionou que a Confederação está participando de um grupo de trabalho da Câmara Setorial da Soja do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) criado para estruturar medidas e divulgar as boas práticas para a cadeia.
Pontuou ainda que as plantas daninhas são desafiadoras nos diversos sistemas de cultivo, pois trazem dificuldade de controle e resistência, aumento no uso de defensivos, aumento no custo de produção e perda de produtividade.
O grupo de trabalho tem discutido com os demais agentes do setor medidas de identificação dessas pragas e difusão dos métodos de mitigação. "Vamos levar informações para orientar os produtores conhecerem quais são as pragas e poderem fazer um controle mais rigoroso", afirmou o presidente da Comissão, Ricardo Arioli.
Allan Silveira, superintendente da Gestão da Oferta da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), fez uma apresentação sobre o mercado de milho, soja e trigo.
Segundo ele, os fundamentos dos mercados de milho, soja e trigo indicam relações de estoque/consumo mundiais mais apertadas para as três culturas na próxima safra.
Para o milho, a Companhia prevê uma 2ª safra excelente em 2021/22, ao contrário da safra de verão e com movimento de recuperação das exportações.
De acordo com Silveira, a soja está em fase de recuperação dos estoques globais, mas ainda persiste a previsão de iniciar a safra 22/23 com estoques mundiais menores. No Brasil, os sojicultores que ainda precisam negociar a colheita devem estar atentos ao momento de volatilidade observado no mercado.
Para o trigo, o superintendente explicou que a safra recorde projetada em 9 milhões de toneladas se justifica pela atratividade do trigo para os agricultores como preços, expectativa de clima favorável e o aumento da demanda no âmbito internacional. Para os próximos meses, a projeção é de relativa estabilidade nos preços, ressaltou.
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