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CNA considera que parceria entre Brasil e EUA é positiva e possibilita o conhecimento de novas tecnologias
Brasília (19/10/2016) – O presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), João Martins, disse nesta quarta-feira (19), durante o 2º Diálogo Agrícola Brasil-Estados Unidos, que “a parceria entre Brasil e Estados Unidos gera oportunidade para que o setor agropecuário conheça e acesse novas tecnologias”. Ele acrescentou que “a busca dos produtores brasileiros pela inovação terá de ser permanente e contínua, embora o Brasil possua uma agricultura eficiente e muito competitiva”.
O evento também contou com a presença da embaixadora norte-americana no País, Liliana Ayalde, que afirmou: “Apesar de concorrerem em alguns segmentos do setor agrícola no mercado internacional, Brasil e Estados Unidos poderão desenvolver, em conjunto, cooperação tecnológica nesse segmento”. Segundo ela, “o fortalecimento dessa parceria é condição básica para garantir a oferta de alimentos à população, que, até 2025, deverá ser acrescida de pelo menos mais um bilhão de pessoas em todo o planeta”. O intercâmbio entre os dois países, complementou a embaixadora Ayalde, “deverá ser forte, a fim de permitir que os produtores agrícolas tenham as ferramentas adequadas para produzir sempre mais e com sustentabilidade”.
Para o presidente da CNA, João Martins, uma das grandes oportunidades proporcionadas pelo Diálogo Agrícola Brasil-Estados Unidos é fazer com que o conhecimento técnico e as novas tecnologias cheguem ao produtor brasileiro na velocidade e forma adequadas. “Quando tomou a iniciativa de provocar esse diálogo bilateral, a CNA entendeu ser esta a forma mais adequada de trazer o conhecimento dos norte-americanos para a evolução da agricultura brasileira”, acrescentou.
Na abertura do seminário, o representante do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), Alexandre Pontes, disse que o “esforço do Brasil é fazer com que a sua produção agrícola seja reconhecida pela eficiência e sustentabilidade”. Ele lembrou que o País possui o Código Florestal mais rígido de todo o mundo, com a proteção da vegetação nativa oscilando de 20% a 80% em cada propriedade. Pontes entende que a parceria com os Estados Unidos deve ser fortalecida, muito especialmente nas questões sanitária e climática.
A Embaixadora dos Estados Unidos no Brasil, Liliana Ayalde, cumprimenta o Presidente da CNA, João Martins. Ao lado direito da foto, o representante do Ministro da Agricultura, Alexandre Pontes.
O primeiro painel de debates do 2º Diálogo Agrícola Brasil-Estados Unidos teve como moderador o Vice-Presidente de Finanças da CNA, Eduardo Riedel, com a participação dos palestrantes Steven M. Kappes, Vice-Diretor do Serviço de Pesquisa Agrícola do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) e do presidente da Embrapa, Maurício Lopes. “Na última década, o tema sustentabilidade ganhou força extraordinária junto à sociedade organizada. Houve também o crescimento do número de idosos da população mundial, colocando novos desafios ao setor agrícola para atender aos consumidores mais cultos e exigentes”, disse Lopes na sua apresentação.
Já Steven Kappes destacou a força mobilizadora do Serviço de Pesquisa Agrícola do Departamento de Agricultura de seu país, ao lado de um setor privado muito forte, atuante e com grande capacidade de investimento em pesquisas. No seu entender, até 2050, a população mundial será acrescida de mais 2 bilhões de pessoas e o desafio será exatamente “melhorar ainda mais os níveis de produtividade e garantir alimentos sustentáveis, sem agressões ao meio ambiente”.
Da esquerda para a direita: Eduardo Riedel, Vice-Presidente de Finanças da CNA; Steven Kappes, Vice-Diretor de Programas Nacionais do Serviço de Pesquisa Agrícola do USDA; e Maurício Lopes, Presidente da Embrapa.
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