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CNA analisa custos de produção de avicultura, algodão, bovinocultura de leite e cana
ALGODAO

Levantamentos do Campo Futuro reuniu produtores de São Paulo, Mato Grosso, Piauí e Pernambuco

26 de agosto 2022
Por CNA

Brasília (26/08/2022) – O Projeto Campo Futuro, da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), analisou, nesta semana, dados sobre custos de produção de avicultura, em Batatais (SP) e Campo Verde (MT), de algodão, em Uruçuí (PI), de bovinocultura de leite, em Garanhuns (PE), e cana-de-açúcar, em Jaboticabal (SP).

O levantamento de informações foi feito em parceria com Cepea/Esalq, Pecege/Esalq e Labor Rural, e teve a participação de produtores, sindicatos rurais e das federações estaduais de agricultura e pecuária.

Avicultura - Em Batatais, o encontro foi realizado na quinta (25). O painel analisou a avicultura de corte em um sistema integrado de produção, levantando os custos de produção da atividade, com base em uma propriedade modal com dois galpões, cada um com 2.100m2 e alojando 29.400 aves por galpão, totalizando 58.800 aves por lote.

Segundo informações apuradas, a mão de obra contratada foi o item de maior peso nos custos de produção da atividade, representando 23% do custo operacional efetivo (COE), seguido por energia elétrica (21%) e aquecimento dos galpões (18%).

Na sexta (26), foi realizado um levantamento de custos da avicultura de postura em Campo Verde (MT).

Algodão – O levantamento feito em Uruçuí (PI), na quarta (24), identificou que os agricultores cultivaram no verão duas tecnologias de algodão (GlyTol LibertyLink - GL e TwinLink Plus - TP). Na safra de verão levantada pelo projeto, os produtores não relataram maiores problemas quanto a incidência de pragas e doenças no algodão, uma vez que houve menos pressão de bicudo do algodoeiro.

Desta forma, as produtividades do algodão GL e GLTP fecharam em 113 e 132 arrobas de pluma por hectare em média, respectivamente. Com a escalada no preço dos fertilizantes, os cotonicultores optaram por explorar as reservas do solo, diminuindo a adubação. Mesmo assim, os custos com fertilizantes subiram 40% no período.

Bovinocultura de leite - Em Garanhuns (PE), o painel realizado na terça (23) caracterizou propriedades modais de 60 hectares, produzindo cerca de 3.500 litros/ha/ano, tendo o maior padrão tecnológico entre os painéis realizados no estado. São utilizados animais de linhagem Girolando, com produtividade de 17 litros/vaca dia. O bom regime pluviométrico apresentado na região nos últimos anos contribuiu sobremaneira com a produção leiteira.

Entre os itens que mais pesaram no bolso do produtor, estão a alimentação concentrada, que comprometeu 42% do valor recebido pelo leite, seguido pela produção de volumosos (11%) e mão de obra (8%). Nesse contexto, a receita permitiu a remuneração dos desembolsos, pró-labore e depreciação da infraestrutura. Contudo, considerando a remuneração do capital e custo de oportunidade da terra, a atividade passa a operar no vermelho.

Cana-de-açúcar – O painel foi realizado em Jaboticabal na terça (23), com a participação de produtores da região e técnicos de cooperativas e da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de São Paulo (Faesp). Com uma propriedade modal de 130 hectares e produtividade média de 80 t/ha, o sistema produtivo da região se caracteriza pelo plantio 100% manual, enquanto a colheita é totalmente mecanizada. Dentre os itens que mais oneram a produção, estão os custos com insumos (51%) - principalmente fertilizantes –, seguido por maquinário (32%).

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