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Campo Futuro levanta custos de produção em quatro estados
Painéis reuniram produtores de pecuária de leite, soja, milho e avicultura de corte
Brasília (15/07/2022) - O Projeto Campo Futuro realizou painéis em Sergipe, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Minas Gerais nesta semana. Foram levantados os custos de produção de pecuária de leite, soja, milho e avicultura de corte.
Os eventos foram realizados em parceria com as federações de agricultura estaduais e contaram com o apoio do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) e Labor Rural (Universidade Federal de Viçosa - UFV).
Pecuária de leite
O painel foi realizado em Aracajú (SE), na segunda (11). Na região, foram caracterizadas propriedades de 70 hectares com produção média de 700 litros/dia, obtida com a ordenha de 44 animais de linhagem meio sangue Girolando. Os resultados preliminares indicam que a receita do leite foi capaz de cobrir os desembolsos. A alimentação concentrada comprometeu a maior parte do total, 33%, seguida pelos gastos com silagem (8,8%) e pela mão de obra (8,6%).
Segundo o assessor técnico da CNA, Guilherme Souza Dias, as depreciações e pró-labore da atividade também foram remunerados pelo leite. Contudo, não foi possível cobrir os custos totais. “Mesmo assim, a remuneração por hectare obtida pelo leite, de R$ 2.083,13, se mostrou muito superior à atividade alternativa, caracterizada pelo arrendamento à cultura da cana-de-açúcar, a R$ 825/ha”, afirmou.
Soja e milho
Os encontros analisaram os custos na produção de grãos em Mato Grosso, na segunda (11), e em Mato Grosso do Sul, na terça (12).
Em Sorriso (MT), os produtores de soja colheram, em média, 57 sacas/ha. A produtividade foi limitada pela ocorrência de anomalia das vagens, fenômeno ainda com causas desconhecidas. Conforme o assessor técnico da CNA, Tiago dos Santos Pereira, as chuvas no início da colheita colaboraram para a produtividade aquém do esperado. Para a oleaginosa, os gastos com sementes aumentaram em torno de 60%.
Os desembolsos com herbicidas também cresceram no período, com alta de 264%. “Por outro lado, o milho 2ª safra, que está em fase final de colheita, apresenta boas produtividades com a expectativa de colheita de 110 sacas por hectare em média”, disse ele. Ataques pontuais com percevejo e cigarrinha-do-milho foram relatados. Os gastos com fertilizantes aumentaram 60% e 71% no período para soja e milho, respectivamente.
No evento de Chapadão do Sul (MS), boas produtividades foram alcançadas para a soja. De acordo com dados preliminares, os produtores colheram, aproximadamente, 60 sacas/ha. Para a oleaginosa, os gastos com tratamento de sementes subiram 204% e 566% com fertilizantes foliares. Para o milho, a expectativa de colher 120 sacas/ha foi frustrada, principalmente, pelo ataque severo de cigarrinha, ocorrência de geadas e devido ao clima seco. Para o período, a expectativa de colheita é de 80 sacas/ha.
“As intervenções para o controle da cigarrinha-do-milho aumentaram os gastos com defensivos em 40% em comparação com o ciclo anterior. Os desembolsos com fertilizantes subiram 68% no período do levantamento”, apontou Pereira.
Avicultura de corte
O painel ocorreu em Uberlândia (MG), na terça (12). O objetivo foi levantar os custos de produção e resultados econômicos de uma propriedade modal em sistema de integração. O modelo analisado foi de um alojamento com 38.610 frangos de corte em dois galpões, totalizando uma área de 3 mil metros quadrados. Segundo o assessor técnico da CNA, Rafael Ribeiro de Lima, a mão de obra e a energia representaram em torno de 50% dos custos totais.
Assessoria de Comunicação CNA
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