Assistência técnica será a alma do AgroNordeste, diz presidente da CNA
Programa foi lançado pelo Ministério da Agricultura nesta terça
Brasília (1º/10/2019) – O presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), João Martins, afirmou que a Assistência Técnica e Gerencial (ATeG) do Senar será a “alma” do programa AgroNordeste lançado na terça (1º), no Palácio do Planalto, em Brasília.
“A assistência técnica vai ser a alma do programa e temos uma experiência bem-sucedida do Senar. Então, o nosso Sistema será fundamental para que façamos a transformação no Nordeste”, disse ele.
Na cerimônia no Planalto estavam presentes o presidente da República, Jair Bolsonaro, a ministra da Agricultura, Tereza Cristina, além de ministros, autoridades, presidentes das Federações de agricultura e pecuária e representantes do setor.
O AgroNordeste é um plano de ação criado pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) e será desenvolvido em parceria com órgãos vinculados à pasta e instituições como CNA, Senar, Sebrae, Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), Banco do Nordeste e o Banco do Brasil.
O presidente da CNA também destacou que o Nordeste precisa de políticas públicas diferenciadas em relação às outras regiões, especialmente em razão das suas condições climáticas.
“O Nordeste é economicamente viável, com reflexos no social, que pode e deve ser equiparado a outras regiões desenvolvidas no Brasil”, declarou Martins.
Tereza Cristina, Jair Bolsonaro, João Martins e Paulo Guedes
Em seu discurso no Palácio do Planalto, o presidente da CNA afirmou que o “nordestino não precisa de esmola, precisa de determinação de governo para construir políticas adequadas como única forma de aumentar o nível de desenvolvimento sócio-econômico da região”.
Segundo João Martins, o Sistema CNA/Senar vai destinar, aproximadamente, R$ 200 milhões para ATeG dentro do AgroNordeste. “A seca é uma constante no Nordeste, mas a CNA e o Senar já provaram que, com tecnologia, nós podemos contornar os problemas climáticos”, ressaltou.
Pequenos e médios - O programa é voltado para pequenos e médios produtores que já comercializam parte da produção, mas ainda encontram dificuldades para expandir o negócio e gerar mais renda e emprego na região onde vivem.
As iniciativas serão implantadas no biênio 2019/2020 em 230 municípios dos nove estados do Nordeste, além de Minas Gerais, divididos em 12 territórios, com uma população rural de 1,7 milhão de pessoas.
“Será um projeto exitoso, que fará com que o agricultor do Nordeste receba na veia e não através de projetos, onde os recursos a ele destinados ficavam sempre no meio do caminho”, declarou a ministra da Agricultura, Tereza Cristina.
Ministra Tereza Cristina agradeceu a parceria com o Sistema CNA/Senar
A ministra também reforçou que o AgroNordeste permitirá diminuir as diferenças regionais que existem com a agricultura do Centro-Oeste, do Sudeste, do Sul e do Norte do País.
O programa foi elaborado a partir do estudo das cadeias produtivas que têm relevância socioeconômica e potencial de crescimento na região, identificando os entraves para o seu desenvolvimento e as soluções possíveis. Os territórios foram definidos com base nessas cadeias produtivas e no nível de vulnerabilidade da área. Até 2021, o programa deverá chegar a 30 territórios.
MP do Agro – Durante a cerimônia, também foi assinada a chamada “MP do Agro”, uma Medida Provisória com políticas econômicas de apoio aos produtores rurais. A MP vai possibilitar a alocação de R$ 5 bilhões a mais de crédito rural para o setor e complementa medidas previstas no Plano Safra 2019/2020.
Entre as ações previstas estão a criação do Fundo de Aval Fraterno (FAF), que dará aos produtores garantia solidária para renegociação de dívidas rurais. A MP também trata do patrimônio de afetação de propriedades rurais, da Cédula Imobiliária Rural (CIR), de títulos de crédito do agronegócio e de subvenção econômica para empresas cerealistas em operações de financiamento do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), além da equalização de taxas de juros para instituições financeiras privadas.
Diversas autoridades participaram do lançamento
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