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Minas Gerais

Agropecuária impulsiona PIB do Brasil
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Produto Interno Bruto, que é a soma dos bens e serviços finais produzidos no país, cresceu 2,9% em 2023, totalizando R$ 10,9 trilhões, segundo IBGE. Agropecuária impulsionou esse resultado, registrando crescimento de 15,1%

4 de março 2024

Por: Ascom Sistema Faemg Senar

Fonte: Sistema Faemg Senar

O Produto Interno Bruto (PIB), que é a soma dos bens e serviços finais produzidos no país, cresceu 2,9% em 2023, totalizando R$ 10,9 trilhões, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O setor agropecuário impulsionou esse resultado, registrando um crescimento de 15,1%. A assessora técnica do Sistema Faemg Senar, Aline Veloso, explica que as condições hídricas favoráveis no último no ano, especialmente no primeiro trimestre, em regiões produtoras de grãos no país, fizeram com que as safras fossem melhores, contribuindo para a participação da agropecuária no PIB do Brasil.

“Pela ótica da oferta, a agropecuária foi o setor que mais contribuiu para o resultado do PIB brasileiro em 2023, com destaque especial para a participação do 1º trimestre, quando as chuvas favoreceram a produção da safra de grãos, bem como influenciaram o desenvolvimento da safra de café e cana, por exemplo. Por outro lado, observando a influência do clima ao longo do ano, ocorreram reduções na produção de outros importantes produtos, como laranja e arroz. Agora, olhando mais macro, quando pensamos que os produtos do campo são processados e têm forte encadeamento produtivo com os setores de indústria e serviços, percebemos o quão importante o campo é para o desenvolvimento econômico e as exportações”, diz.

Segundo o presidente do Sistema Faemg Senar, Antônio de Salvo, o Brasil é uma potência agrícola e foi o principal responsável, entre todos os setores, por esse superávit. “A nossa agropecuária produz de forma sustentável, com tecnologia nacional, para dar segurança alimentar para mais de 200 milhões de brasileiros e gerar superávit para mais de 800 milhões de pessoas em todo o mundo. É o que nós fazemos, e fazemos muito bem. Em Minas Gerais, tem a cafeicultura, a pecuária de leite que passa por um momento muito delicado, e é necessário que o governo se sensibilize. Nós continuamos fazendo o nosso trabalho e precisamos de ter o respeito da sociedade, porque fazemos o bem para o Brasil. Precisamos, mais do que nunca, da sensibilidade dos nossos governantes para continuar avançando e gerando divisas para toda a população”.

Exportações
Principal item da pauta exportadora, café atingiu a receita de US$ 571,6 milhões, representando quase 53% do total das vendas externas. Principal item da pauta exportadora, café atingiu a receita de US$ 571,6 milhões, representando quase 53% do total das vendas externas.

Se o agro impulsiona o crescimento interno, o setor também tem importante papel frente ao mercado internacional. Em Minas Gerais, as exportações alcançaram US$ 1,1 bilhão em janeiro deste ano, crescimento de 6,7% em relação ao mesmo período do ano anterior. O resultado indica melhor performance para o mês desde o início da série histórica, em 1997. Foram embarcadas 832,5 mil toneladas para 137 países. O café, principal item da pauta exportadora, atingiu a receita de US$ 571,6 milhões, representando quase 53% do total das vendas externas. O produto foi enviado para 67 países, sendo liderado pelos Estados Unidos (US$ 109,5 milhões).

De acordo com a analista de agronegócios do Sistema Faemg Senar, Ana Carolina Gomes, a safra 2023 de café em Minas veio crescente devido à recuperação de áreas em produção. “Alta estimada de 25% em relação à safra anterior (2022). Reflexo deste aumento é o aquecimento das exportações e envio de cafés ao mercado internacional, com destaque para países do hemisfério norte, onde o frio e o inverno ampliam a demanda pelo café brasileiro, além da China, mercado potencial que cresce a taxas superiores”, contextualiza.

Em janeiro, Minas Gerais foi o quarto maior exportador entre os estados brasileiros, representando 9,16% de tudo o que foi enviado ao exterior em valor. “Nos destaques das exportações, além do complexo café, também figuraram o ‘açúcar de cana’ (que atingiu US$154,9 milhões e alta de 37%, sendo destinado a 38 países) e o complexo carnes. Pontualmente, a proteína bovina teve crescimento de 11% no volume exportado, chegando a 19 mil toneladas, em que pese que a receita tenha caído no mês. Já a carne suína apresentou crescimento da ordem de 64% em valor e 37% em volume e tem demanda aquecida internacionalmente”, explica Aline Veloso.

A assessora destaca o trabalho desenvolvido pelo Sistema Faemg Senar, em parceria com a CNA, para promover os produtos do agro brasileiro por meio do projeto Agro.BR . “Temos resultados interessantes nas exportações das cadeias de apicultura (mel e outros produtos), café, frutas, dentre outras. A proposta é formar o produtor rural para participar do mercado internacional e oportunizar a comercialização por meio da presença em eventos internacionais e rodadas de negócios”, conclui.

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