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As negociações entre o Mercosul e a Coreia do Sul para um acordo de livre comércio representam um passo significativo na abertura de mercados e no fortalecimento das relações comerciais entre as duas regiões. Com a crescente importância da Coreia do Sul como parceiro econômico global, um acordo dessa magnitude tem o potencial de trazer numerosos benefícios econômicos, particularmente para o setor agropecuário brasileiro, que é um dos pilares da economia do Brasil. Já foram realizadas 7 rodadas de negociações, a última em setembro 2021.

Acordo

O acordo de livre comércio entre o Mercosul e a Coreia do Sul está centrado em várias áreas chave que visam facilitar o comércio e os investimentos bilaterais. Entre os pontos principais do acordo estão a redução ou eliminação de tarifas sobre uma ampla gama de produtos agrícolas e industriais. Isso permitirá que produtos como soja, milho, carne bovina e suína, além de frutas, possam ser exportados para a Coreia do Sul com custos reduzidos, tornando-os mais competitivos no mercado sul-coreano.

Além disso, o acordo buscará simplificar e agilizar os procedimentos aduaneiros, reduzindo a burocracia e os custos associados ao comércio internacional, facilitando o fluxo de mercadorias entre as duas regiões e diminuindo o tempo necessário para a liberação de produtos nas alfândegas.

A harmonização de normas técnicas e sanitárias é outro ponto crucial do acordo, garantindo que os produtos agropecuários brasileiros atendam aos rigorosos padrões sul-coreanos de qualidade e segurança alimentar, facilitando a exportação de produtos agrícolas, garantindo que eles sejam aceitos no mercado sul-coreano sem barreiras adicionais.

O acordo incluirá também medidas para proteger e promover investimentos bilaterais, oferecendo um ambiente mais seguro e previsível para investidores, o que pode resultar em maior fluxo de investimentos sul-coreanos no setor agropecuário brasileiro, trazendo tecnologias avançadas e práticas sustentáveis.

Por fim, o acordo prevê a cooperação técnica entre as partes, permitindo a troca de conhecimentos e melhores práticas em áreas como biotecnologia, sustentabilidade e inovação agrícola.

Benefícios do Acordo

O setor agropecuário brasileiro deve colher diversos benefícios significativos com a implementação deste acordo de livre comércio. A redução de tarifas permitirá que os produtos agropecuários brasileiros entrem no mercado sul-coreano a preços mais competitivos, aproveitando a Coreia do Sul como um grande importador de alimentos e matérias-primas.

O acordo ajudará a diversificar os destinos das exportações brasileiras, reduzindo a dependência de mercados tradicionais e aumentando a resiliência econômica do setor agropecuário. Espera-se um aumento significativo nas exportações de produtos agropecuários brasileiros, como carnes, grãos e frutas, gerando maiores receitas e contribuindo para o crescimento econômico do setor.

Além disso, a necessidade de atender aos elevados padrões sul-coreanos incentivará melhorias nos processos produtivos e na qualidade dos produtos brasileiros, beneficiando não só as exportações para a Coreia do Sul, mas também aumentando a competitividade global dos produtos brasileiros.

A maior segurança jurídica e a promoção de investimentos bilaterais podem atrair investimentos sul-coreanos no setor agropecuário brasileiro, resultando em melhorias na infraestrutura, na adoção de tecnologias avançadas e em práticas mais sustentáveis.

Por fim, a cooperação técnica incentivará a inovação e a adoção de práticas agrícolas sustentáveis, com a troca de conhecimentos e tecnologias com a Coreia do Sul trazendo avanços significativos para o setor agropecuário brasileiro.

Posicionamento da CNA

A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) tem demonstrado apoio ao acordo de livre comércio entre Mercosul e Coreia do Sul. A CNA acredita que a abertura do mercado sul-coreano representa uma oportunidade para expandir as exportações agropecuárias brasileiras, promovendo o crescimento e a competitividade do setor. A entidade tem participado ativamente das discussões, defendendo os interesses dos produtores rurais brasileiros e buscando assegurar que o acordo traga benefícios concretos para o setor.

A CNA enfatiza a importância de incluir no acordo mecanismos que garantam a segurança sanitária e fitossanitária, bem como a adoção de práticas sustentáveis na produção agrícola. A organização também defende a necessidade de um cronograma de implementação que permita aos produtores brasileiros se adaptarem gradualmente às novas condições de mercado, evitando impactos negativos abruptos.

Em resumo, o acordo de livre comércio entre Mercosul e Coreia do Sul é visto pela CNA como uma oportunidade estratégica para fortalecer o setor agropecuário brasileiro, aumentar a competitividade internacional e garantir um desenvolvimento sustentável e equilibrado para os produtores rurais do Brasil.

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