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Atualmente, não existe um acordo de livre comércio formal entre Brasil e Japão, mas os dois países mantêm relações e acordos de cooperação comerciais significativos, que é o início para um acordo mais amplo.

As negociações para um acordo de livre comércio entre Brasil e Japão têm se intensificado nos últimos anos, refletindo o interesse mútuo em fortalecer laços econômicos e comerciais. Ambos os países já mantêm uma relação comercial robusta e têm buscado ampliar essa parceria para incluir um acordo formal de livre comércio. Essas discussões foram impulsionadas por encontros bilaterais de alto nível, como o Diálogo de Chanceleres e reuniões durante cúpulas internacionais, durante 2023.

Acordo

Um dos principais benefícios seria o acesso ampliado ao mercado japonês, que é um dos maiores importadores de alimentos do mundo. Produtos brasileiros como carnes, soja e milho poderiam encontrar um mercado significativo e valioso no Japão. Além disso, a eliminação ou redução de tarifas sobre esses produtos tornaria as exportações brasileiras mais competitivas, possivelmente elevando os preços recebidos pelos produtores locais.

Outro benefício potencial seria o aumento de investimentos japoneses no setor agropecuário brasileiro. O Japão poderia trazer novas tecnologias e práticas de gestão agrícola, o que melhoraria a produtividade e a eficiência nas fazendas brasileiras. Este influxo de capital e tecnologia poderia também fomentar o desenvolvimento de novos produtos e processos, impulsionando ainda mais o crescimento do setor.

Por outro lado, a abertura do mercado brasileiro para produtos agrícolas japoneses poderia aumentar a concorrência interna. Produtos como frutas e hortaliças, onde o Japão tem uma forte presença, poderiam competir diretamente com os produtos locais, possivelmente pressionando os preços para baixo e dificultando a vida dos agricultores brasileiros que produzem essas commodities.

Ademais, os altos padrões de qualidade e as regulamentações sanitárias rigorosas do Japão representariam um desafio significativo. Os produtores brasileiros teriam que se adaptar a essas exigências, o que poderia envolver custos adicionais de conformidade e ajustes nos processos de produção. A adaptação a essas normas não só requer investimentos financeiros, mas também tempo e esforço para garantir que os produtos atendam às expectativas do mercado japonês.

Em resumo, enquanto o acordo de livre comércio entre Brasil e Japão pode oferecer grandes oportunidades para o setor agropecuário, também impõe desafios significativos que precisam ser cuidadosamente gerenciados para garantir que os benefícios superem os riscos.

Posicionamento da CNA

A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) apoia a negociação de um acordo de livre comércio entre Brasil e Japão, reconhecendo o potencial de aumentar as exportações agropecuárias brasileiras devido à eliminação de tarifas e à abertura de um mercado significativo. A diversificação de mercados também é recomendada para mitigar riscos de dependência excessiva de outros mercados estrangeiros.

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