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Brasil termina 2021 com 2,7 milhões de novas vagas de emprego
O ano de 2021 terminou como o melhor ano da série histórica, desde 2007, para a geração de empregos, conforme o Novo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Novo Caged) do Ministério do Trabalho e Previdência. Para a comparação com anos anteriores à 2020, devemos lembrar que ocorreu uma mudança significativa na metodologia de coleta e análise dos dados, que impacta a comparação. Ainda assim, é interessante destacar o crescimento e o bom desempenho do setor em 2021. De janeiro a dezembro, foram 20.699.802 admissões e 17.969.205 demissões, resultando em um saldo líquido de 2.730.597 novas vagas formais. O resultado ultrapassou o saldo de 2010, quando o país havia gerado 2.629.827 vagas. O resultado ficou um pouco abaixo do que os especialistas esperavam, mas ainda assim é muito positivo para o país, e representa grande avanço na recuperação econômica quando comparado ao final de 2020, quando o saldo total do ano foi perda de 191.455 vagas.
Importante destacar que 2021 também foi afetado pela pandemia da covid-19, e a recuperação ainda lenta da economia brasileira impediu que os resultados na geração de empregos fossem ainda maiores. O avanço da vacinação e a normalização cada vez maior das atividades que dependem da circulação de pessoas foram o fator determinante para a maior contribuição dos setores de serviços e comércio na criação de emprego. Para 2022, poderemos esperar a criação de mais vagas de emprego, mas talvez em um ritmo um pouco mais lento do que o observado em 2021, que contou com o retorno ao mercado de trabalho de muitas pessoas que perderam seus postos em 2020. A retomada da economia continuará se apoiando na vacinação e irá depender do andamento da pandemia, que volta a preocupar com uma nova onda e novas variantes.