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Senar premia produtores, técnicos de campo e supervisores da Assistência Técnica e Gerencial
Cerimônia aconteceu na terça (12), na sede do Sistema CNA/Senar, em Brasília
Brasília (12/12/2023) – O Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar) premiou, na terça (12), cinco produtores rurais atendidos pela Assistência Técnica e Gerencial (ATeG) nas cadeias produtivas da bovinocultura de leite, apicultura, fruticultura, olericultura e agroindústria dos estados da Bahia, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Rio Grande do Sul e Santa Catarina.
O prêmio “ATeG Gestão, Resultado que Alimenta 2023” avaliou as propriedades seguindo critérios como adoção de boas práticas agropecuárias, desenvolvimento profissional do produtor e colaboradores, promoção da sucessão familiar, desempenho produtivo/gerencial e melhoria na qualidade de vida.
O evento também teve a participação da diretoria da CNA, de presidentes das Federações de Agricultura e Pecuária, de entidades do setor, superintendentes das Administrações Regionais do Senar, parlamentares, representantes de embaixadas, autoridades do governo e o vice-presidente da República, Geraldo Alckmin.
Os produtores receberam equipamentos específicos para cada atividade produtiva. Os técnicos de campo que atenderam as propriedades rurais também foram premiados, cada um recebeu um notebook. Esse ano o Senar também premiou três supervisores da ATeG do Tocantins, Santa Catarina e Goiás como destaques nacionais, que receberam um smartphone.
A entrega dos prêmios foi feita pelos presidentes das Federações de Agricultura e Pecuária de Goiás (Faeg), José Mário Schreiner, de Santa Catarina (Faesc), José Zeferino Pedrozo, e da Paraíba (Faepa/PB), Mário Borba, e pelos diretores do Sistema CNA/Senar, Bruno Lucchi, Sueme Mori e Janete Lacerda.
Na agroindústria, os produtores de queijo, iogurte e manteiga, Hemerson Haber Ferreira e Nathalie de Souza, começaram produzindo leite em uma propriedade da família em Juiz de Fora (MG). Participaram, inicialmente, de uma capacitação do Senar em Derivados de Lácteos para melhorar a qualidade dos seus produtos e depois ingressaram na assistência técnica.
A partir da orientação e da ajuda dos filhos, o casal aumentou o espaço produtivo, adquiriu novos equipamentos e ampliou o portfólio de produtos, agora são seis tipos de queijo, manteiga e iogurte. Com isso, a família aumentou a lucratividade, com vendas para a merenda escolar e participação em feiras e eventos.
O casal recebeu uma balança digital industrial para até 300kg, um rotulador eletrônico com impressora e um lavador de botas com lavatório para assepsia integrada.
“O reconhecimento é importante porque é um trabalho em família que a gente faz, eu, minha esposa e meus filhos. Ser escolhido entre tantos é algo que a gente não esperava, mas foi muito gratificante. Gostei demais e espero continuar contando com o Senar e a ATeG.”
Roberto Carlos Machado, de Rolante (RS), começou a produzir mel como hobby, mas logo a atividade se tornou fonte de renda para a família, com a produção de mel, própolis e cera.
No primeiro ano de assistência técnica, o produtor conseguiu colocar em prática a padronização e numeração dos enxames, inserir lâmina de cera alveolada nos ninhos e fornecer suplementação energética e proteica para as abelhas. Com as melhorias, o produtor aprimorou o manejo do ninho com redução de perdas e ganhou produtividade. Apenas no primeiro ano, a produção chegou a cerca de 1.400 quilos de mel.
O produtor foi premiado com uma centrífuga para extração de mel e uma mesa de desoperculação de aço inox.
“Eu fiquei muito gratificado quando a gente foi premiado, não esperava. Faz um ano e meio que a gente está trabalhando em cima disso e já conseguimos resultados fantásticos. Me encho de orgulho em falar porque é um legado que quero deixar para que meus filhos.”
A família do pecuarista Gian Perazzoli, de Videira (SC), produzia seis mil litros de leite por mês antes da ATeG. Após 17 meses com atendimento, a produção passou para mais de 12.300 litros/mês, o que fez Perazzoli se dedicar 100% à atividade leiteira.
O retorno econômico da produção trouxe melhor qualidade de vida para a família e permitiu a presença integral do filho mais novo na propriedade, assegurando a sucessão familiar. Além disso, a família adquiriu maquinários e equipamentos para melhorar o desempenho da atividade e da rotina da propriedade.
A família recebeu uma ordenhadeira móvel com balde ao pé. Para o produtor, receber o prêmio foi “muito bom” porque a ATeG trouxe resultados, melhorou a produção, e a ordenhadeira vai ajudar no negócio da família.
Na fruticultura, o casal Rosangela e André de Souza saiu da Bahia na década de 90 para tentar a vida em São Paulo depois que a vassoura-de-bruxa tomou de conta da produção no estado. Mas em 2012, os casal decidiu retornar e começar a produzir a amêndoa na propriedade em Ibirapitanga.
Antes da Assistência Técnica e Gerencial do Senar, a produção girava em torno de 300 kg por hectares/ano. Após, a produtividade passou para aproximadamente 1000 kg/ha/ano, o que contribuiu para estimular não apenas o casal, mas também vizinhos, que iniciaram um esquema de mutirão para atividades em suas propriedades. Eles conseguiram reformar a sede da fazenda e comprar um carro com a rentabilidade gerada pelo cacau após a ATeG.
Na premiação, eles receberam um motocultivador a gasolina para contribuir com as atividades na lavoura.
Para a produtora, foi muito bom estar na premiação representando os produtores baianos de cacau e receber esse reconhecimento. “O prêmio é mais um incentivo para gente prosseguir na atividade.”
O produtor Eduardo Moreira da Silva, de Deodápolis (MS), produzia hortaliças e procurou a assistência técnica do Senar para aumentar a renda da família por meio da atividade. A partir daí, além das hortaliças, ele e a esposa Andreia começaram a produzir morango. Iniciaram com 3,5 mil mudas e uma estufa construída com materiais disponíveis na propriedade.
Os morangos se tornaram carro-chefe da produção e contribuíram para aumentar a renda da família, proporcionando mais qualidade de vida, além da compra de equipamentos, a construção de uma nova estufa, troca de carro e implantação de sistema fotovoltaico de geração de energia elétrica.
O próximo sonho do casal é aumentar a produtividade e investir em um sistema de “colha e pague”. A ideia é melhorar a infraestrutura da fazenda para receber pessoas e aproximá-las do campo, por meio da vivência na produção e o contato com os morangos.
Eles também receberam um motocultivador a gasolina. Segundo o produtor, receber o prêmio “foi uma honra. um reconhecimento fantástico, ficamos muito felizes porque o Senar tem nos ajudado bastante.”
Prêmio Alysson Paolinelli - O Sistema CNA/Senar lançou hoje o prêmio Alysson Paolinelli que pretende valorizar as iniciativas inovadoras dos colaboradores do Sistema CNA/Senar e Instituto. Durante o evento, foi apresentado a medalha Alysson Paolinelli e um vídeo mostrando a história do ex-ministro da Agricultura e indicado ao Prêmio Nobel da Paz.
Os colaboradores vão poder apresentar suas ideias em formato de projetos que passarão por validação em uma comissão julgadora e pela diretoria da instituição. A premiação deve acontecer no segundo semestre e todas as iniciativas apresentadas poderão ser implementadas pelo Sistema CNA.
O presidente do Instituto CNA, Roberto Brant, afirmou que a Confederação desenvolveu o prêmio para promover a ideia de mudança e transformação permanente dentro do Sistema. “Queremos que o colaborador visualize os problemas com que ele lida e seja capaz de propor novas soluções.”
Veja como foi a premiação: