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São Paulo

Mulheres mostram cada vez mais seu protagonismo com o curso de pedreiro do SENAR-SP

O curso de pedreiro, oferecido em diversos sindicatos, tem ganhado mais notoriedade entre público feminino.

17 de janeiro 2022

Por: SENAR -SP

Fonte: Comunicação do Sistema FAESP/SENAR-SP

Qual casa vez ou outra não precisa de alguns reparos? No meio rural, essa necessidade é ainda maior. Galpões, granjas, estufas e afins exigem manutenção contínua dos proprietários e proprietárias, que na falta de uma equipe precisam estar prontos para realizar ajustes e melhorias em diversas estruturas das construções. Por isso, o SENAR - SP oferece o Curso de Pedreiro em diferentes Sindicatos Rurais. Mas atenção! Embora a formação utilize o pronome masculino em seu nome, o programa não é direcionado exclusivamente a homens – longe disso!

Simone de Fátima Guérsi comanda o Espaço Arco da Velha, em Ibitinga, região de Araraquara. Formada em estética, Simone mergulhou na carreira de artesã e restauradora de mobílias antigas em 2006. O primeiro contato com o Senar veio em 2014, com o curso de Turismo Rural. Foi essa formação que a levou a montar o espaço, dedicado ao resgate da cultura rural. “Foi nessa situação que me interessei pelo curso de pedreiro. A propriedade é muito grande, as estruturas são bem antigas e precisavam de manutenção, que seria feita por mim e meu marido. Sendo assim, o curso ajudou muito, já que a obra é mostrada na teoria e prática”, explica.

Simone guersi

Formação completa – O curso é organizado em quatro módulos de quatro aulas mensais. O primeiro trata da locação da obra, o segundo de fundações e alicerces, o terceiro aborda paredes e lajes e o quarto e último mostra técnicas de colocação de pisos e revestimentos em geral.

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“Além de falar sobre legislação ambiental e das normas de segurança, a formação tratou sobre tipos de cimentos e gabarito e demarcação da área. O curso também oferece informações teóricas e práticas de fundação, contrapiso e alvenaria, parte elétrica, tubos de passagem, revestimento, piso cerâmico e telhado”, detalha a ex-aluna, cuja relação com a área é de longa data. Filha de pedreiro e costureira, Simone cresceu com os pais separados. “Fui criada pela minha mãe, e desde cedo muito ela me incentivou a me virar sozinha. Cresci uma mulher, determinada, criativa e curiosa, e sempre fiz os pequenos consertos e pintura das casas em que morei”, conta.

Lugar de mulher é na obra – A história de Simone ilustra uma tendência que começa a ganhar destaque: a atuação feminina em áreas consideradas masculinas. Testemunha e personagem da força das mulheres, Simone acredita que as companheiras devem procurar a formação de pedreiro. Especialmente nas cidades de pequeno porte, onde sua participação ainda é tímida.

“Ainda não temos informações de muitas mulheres fazendo inscrições para o curso nas cidades pequenas. Acredito que em grandes centros tenha mais procura. Mas já é uma grande conquista ver as mulheres perdendo o medo e a timidez e conquistando seus espaços em qualquer área”, comenta.

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Ela acredita que a relação entre as mulheres e os serviços de construção é de contribuição mútua. As mulheres atuam com atenção nas obras, resultando em serviços de qualidade, e a atividade contribui com o crescimento pessoal feminino. “É importante a presença da mulher na construção. Somos mais detalhistas, temos um olhar mais sensível para a obra em geral. Além disso, é sempre bom e necessário ter autonomia da própria vida. Junto a isso vem a autoestima, recheada de liberdade”, diz Simone.

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