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Mato Grosso

Famato e Embrapa debatem os caminhos da produção sustentável
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I Simpósio sobre Sistemas Intensivos de Produção – Algodão Brasileiro, promovido pela Embrapa, Abrapa e Famato, debate a sustentabilidade da produção.

10 de novembro 2021

Por: Ascom Famato

Fonte: Ascom Famato

Nesta terça-feira (09/11) o presidente do Sistema Famato, Normando Corral, participou da abertura do I Simpósio sobre Sistemas Intensivos de Produção – Algodão Brasileiro, promovido pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa) e Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso (Famato). O evento segue até sexta-feira (12) para os inscritos acompanharem on-line e presencialmente no Cenarium Rural, em Cuiabá-MT.

A palestra sobre “A pesquisa como caminho para a sustentabilidade” foi apresentada pelo diretor executivo de Pesquisa e Desenvolvimento da Embrapa, Guy de Capdeville, e mediado direto da Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP-26), em Glasgow, na Escócia, por Ricardo Arioli, consultor da Famato e presidente da Comissão de Cereais, Fibras e Oleaginosas da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA).

Guy de Capdeville falou sobre os avanços tecnológicos que permitiram aos produtores rurais intensificar a produção agrícola tornando-a ainda mais sustentável. A produtividade do algodão, por exemplo, evoluiu substancialmente de 1976 a 2019 e contribuiu para o efeito que ele chama de “poupa terra”. Neste mesmo período, a área plantada de algodão diminuiu de 4 milhões de hectares para 1,7 milhão de hectares e a produção cresceu de 1,2 milhão de toneladas para 4,3 milhões de toneladas. A produtividade aumentou de 280 kg/ha para 2.600 kg/ha.

Estes resultados, segundo o pesquisador, se devem ao desenvolvimento de tecnologias como melhoramento genético, adoção do plantio direto, domínio da química dos solos, rotação de culturas e a utilização dos sistemas integrados.

No debate, Normando Corral destacou a importância do evento e do trabalho da Embrapa para o desenvolvimento de pesquisas e avanços tecnológicos para os produtores rurais. Segundo ele, o simpósio de hoje é uma prévia do que a Famato, em parceria com a Embrapa, fará em junho de 2022 com o evento Famato Embrapa Show. Além disso, ele pontuou os trabalhos que vêm sendo feitos pelo Senar Central por meio dos Centros de Excelência distribuídos em várias cidades do país para o desenvolvimento de pesquisas e treinamentos dos trabalhadores rurais.

“Nós produzimos baseados em ciência e técnica. Esta parceria das entidades é fundamental para darmos continuidade aos trabalhos no campo. Aumentamos a produção e a produtividade graças às pesquisas e à vocação natural do produtor rural que tem capacidade de assimilar os conhecimentos adquiridos por meio de dedicação, observação e prática”, disse Corral.

Reconhecimento – A certificação do algodão é algo inédito entre as cadeias produtivas do Brasil. Questionado por Ricardo Arioli se este é o caminho para as demais culturas, como soja, milho e outras, o presidente da Abrapa, Júlio Cézar Busato, afirmou que sim.

Segundo Busato, o programa Algodão Brasileiro Responsável (ABR), por exemplo, começou há 15 anos em Mato Grosso e é fruto de muito investimento e trabalho de todos os agentes envolvidos nesta cadeia. Outro exemplo é o programa Cotton Brasil que permitiu à Abrapa abrir um escritório na Ásia junto com a Associação Nacional dos Exportadores de Algodão (Anea), Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex) e apoio dos ministérios das Relações Exteriores e da Agricultura.

“Conseguimos levar informação para mais de três mil empresários da indústria têxtil da Ásia que representa 99% das 2,4 milhões de toneladas de algodão que exportamos no ano passado. Mostramos que o Brasil tem algodão em quantidade, qualidade atestada pelo sistema da Abrapa, tem rastreabilidade e sustentabilidade através do Programa Algodão Brasileiro Responsável, que é o mais completo mundialmente”, enfatizou Busato.

Até sexta-feira (12) o evento abordará vários temas como manejo de pós-colheita, saúde do solo, plantas de cobertura, estratificação do perfil do solo em SPD, manejo de plantas daninhas, manejo de resistência de pragas, manejo de doenças, controle biológico, manejo de nematoides e desafios da tecnologia de aplicação.

Para mais informações acesse: http://www.sip2021.com.br .

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