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Mato Grosso

Dispositivos auxiliam na avaliação e monitoramento do gado e trazem economia aos pecuaristas
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O Vetscore pode ser utilizado pelo próprio produtor rural em seu rebanho de raças Nelore, Girolando ou Angus. O SAGAbov, mede a espessura da gordura da carcaça de forma simples e assertiva. O Pasto Certo identifica cultivares e determinar qual será a apropriada para a área.

24 de junho 2022

Mato Grosso tem um rebanho de mais de 30 milhões de cabeças de gado, sendo uma atividade econômica importante para o estado. Novas tecnologias e inovações surgem para otimizar o trabalho dos pecuaristas e técnicos e trazer mais rentabilidade. A Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) apresenta soluções durante o Famato Embrapa Show, em Cuiabá (MT).

Um dispositivo simples auxilia o pecuarista a avaliar e monitorar a condição nutricional do rebanho. O Vetscore foi desenvolvido pela Embrapa Rondônia em 2019 e pode ser utilizado pelo próprio produtor rural em seu rebanho de raças Nelore, Girolando ou Angus.

“Com o dispositivo, o pecuarista consegue verificar as condições corporais e separar em lotes para atender ao seu planejamento de manejo tanto em bovinos de corte como de leite”, explica Rhuan Amorim de Lima, analista da Embrapa Rondônia.

Outro dispositivo é o SAGAbov, sigla para Sistema de Avaliação do Grau de Acabamento Bovino, com foco no acabamento de carcaça de Nelore. “A ferramenta mede a espessura da gordura da carcaça de forma simples e assertiva. Desta forma, o pecuarista pode mandar o animal ideal para a terminação, conseguindo o bônus de carcaça pago pelos frigoríficos”, afirma Rhuan Lima.

Anteriormente, o pecuarista não tinha meios de fazer essa medição por conta própria, necessitando de técnicos para realização de ultrassom nos animais ou dependendo da avaliação do comprador. Além disso, os custos dos dispositivos são baixos – R$ 30 o Vetscore e R$ 50 o SAGAbov e o uso é contínuo.

O manejo de pastagem também é uma preocupação do pecuarista para que o gado tenha um bom desenvolvimento. Para auxiliar o produtor rural, a Embrapa desenvolveu a régua de manejo. “É o manual de operação do capim, pois mostra o nível que o capim deve ficar para determinar o momento certo de entrada e de saída dos animais no pasto ou a quantidade de animais”, explica Haroldo Pires de Queiroz, analista da Embrapa Gado de Corte.

Queiroz ressalta ainda a necessidade da rotação de culturas no pasto. “O pecuarista tem a tendência à monocultura e, desta forma, não explora todo o potencial da sua área. Há cultivares direcionadas às características de solo e finalidade de uso”, diz.

E para saber quais tipos de pastagens devem ser utilizadas em determinas áreas, a Embrapa desenvolveu o aplicativo gratuito Pasto Certo, onde é possível identificar cultivares, se informar sobre as principais recomendações de uso e determinar qual será a apropriada para a área.

Morte do braquiarão – A Síndrome da Morte da Braquiária (SMB) foi tema de um pôster no Famato Embrapa Show. De acordo com estudos da Embrapa, a morte do capim-mandaru (braquiarão) pode ser causada pela baixa tolerância da espécie ao excesso de umidade do solo, causando deficiência de oxigênio e, consequentemente, alterações morfofisiológicas no sistema radicular.

A Embrapa elaborou o zoneamento de risco edafoclimático e, a partir dele, pode-se constatar em quais associações de tipos de solo, relevo e condições climáticas a SMB pode ocorrer. Em Mato Grosso, a empresa verificou que há risco muito baixo de ocorrência em 63,47% das áreas, risco muito forte em 27,2% das áreas e risco moderado em 6,64% das áreas. Há cultivares alternativas ao capim-marandu, como Mombaça, Xaraes, Massai, Ruziziensis, Llaneiro e Estrela Roxa.

Fonte: Ascom Famato/Embrapa

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