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De geração em geração, o Senar contribui para transformação de pequena queijaria ao laticínio
Durante os últimos dois anos, a ATeG proporcionou mudanças significativas na vida dos produtores, melhorando a qualidade e a rentabilidade do setor no médio e alto sertão sergipano, além de auxiliar na regularização das queijarias
O laticínio Nalmilk, localizado no Povoado Lagoa da Mata, em Nossa Senhora da Glória, recebeu o Selo de Inspeção Estadual (SIE) da Empresa Estadual de Desenvolvimento Agropecuário (Emdagro). A Assistência Técnica e Gerencial (ATeG) do Senar Sergipe participou do processo de regularização ao longo dos últimos anos e proporcionou mudanças significativas na vida dos produtores de queijo da região, impulsionando a qualidade e a rentabilidade do setor no médio e alto sertão sergipano, contribuindo para a regularização das queijarias.
A história de sucesso da Nalmilk começa com José Hunaldo de Souza, um ex-vaqueiro que decidiu empreender na produção de queijos. O que começou como uma pequena queijaria transformou-se em um laticínio de destaque na região. Atualmente, sete dos nove filhos de José trabalham na empresa, demonstrando o exemplo de sucessão familiar.
Beatriz de Souza, uma das filhas da família, responsável pelo setor financeiro da empresa, destaca a importância do Senar em transformar a queijaria em um laticínio de sucesso. Antes não sabíamos se estávamos lucrando, mas hoje com o planejamento e a orientação da Assistência Técnica e Gerencial do Senar, temos estratégia para saber onde podemos economizar, por exemplo, e lucrar mais. Com esse lucro, compramos equipamentos como a Queijomatic e outros que facilitam o aumento da produção."
A Nalmilk não apenas prosperou internamente, mas também se tornou um importante gerador de empregos e renda para a comunidade local, empregando mais de 30 colaboradores e processando o leite de 150 produtores da região. A produção de leite processado saltou de 10 mil litros por dia para impressionantes 17 a 20 mil litros diários. Isso permitiu a fabricação de uma variedade de produtos lácteos, incluindo queijo prato, queijo manteiga, queijo pré-cozido e manteiga.
Cada um dos filhos de José assumiu um papel vital na empresa, com Manoel Messias responsável pela administração. Ele deixou sua carreira como professor para contribuir para o crescimento da empresa e destaca que o sucesso da parceria com o Senar é resultado do desejo do produtor de crescer e evoluir.
O Impacto da ATeG na agroindústria de queijos em Sergipe
Durante os últimos dois anos, o programa proporcionou mudanças significativas na vida dos produtores, melhorando a qualidade e a rentabilidade do setor no médio e alto sertão sergipano, além de auxiliar na regularização das queijarias.
Gladslene Góes, técnica de campo e médica veterinária, lembra que a cada visita mensal ao longo de três anos, a equipe implementou melhorias, desde a compra de novos equipamentos até práticas de manejo sanitário, resultando em uma significativa melhoria na qualidade do queijo.
O esforço conjunto entre o governo estadual e federal resultou na emissão dos primeiros Selos de Inspeção Estadual (SIE), e a adesão do estado ao Sisbi-POA abriu portas para a comercialização dos produtos lácteos sergipanos em todo o território nacional. Atualmente, 90% das queijarias atendidas pela ATeG estão em processo de regularização ou já possuem o Selo de Inspeção Estadual (SIE), emitido pela Emdagro.
“Esses exemplos de sucesso demonstram como a Assistência Técnica e Gerencial (ATeG) proporciona melhores condições de vida e desenvolvimento econômico para os produtores rurais em Sergipe.”, explica a coordenadora da ATeG Taynã Matos. A metodologia da ATeG, focada em tecnologias e práticas gerenciais, tem sido fundamental para a evolução socioeconômica dos produtores, suas famílias e comunidades rurais, promovendo a produção de alimentos com respeito ao meio ambiente.