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Cursos do SENAR Paraíba ajudam produtor a se salvar na crise
André Brasil apresentou uma novidade no mercado local, o queijo de búfala
“O agricultor é a raça mais persistente que existe” afirma com orgulho o produtor André Brasil. Durante um longo período de seca, o agricultor continua buscando formas de se manter no mercado e introduzir novos produtos. O apoio dos cursos Serviço Nacional de Aprendizagem Rural da Paraíba (SENAR/PB) incentivam Brasil a seguir em frente.
Ele apresentou uma novidade no mercado local, o queijo de búfala. Embora não tenha sido bem recebido pelos consumidores, ele insistiu na produção focando a estratégia de venda nos benefícios que o alimento traz. O resultado da persistência foi o aumento na demanda pelo queijo. Hoje, o quilo queijo é vendido por R$ 22,50.
Além da capacitação para produção de derivados do leite, André também procurou no SENAR o curso de inseminação, o que possibilitou diminuição de custos e um cuidado mais próximo e direto com o seu rebanho que saltou de 4 para 48 animais.
Tanto o gerenciamento de sua propriedade quanto a produção que possui se devem às capacitações que o agricultou realizou. “Acredito que já fiz 10 cursos do SENAR aqui na cidade. Com o curso de inseminação vimos a possibilidade de mudar o rebanho de uma forma mais rápida e barata; gerencio melhor meu negócio graças ao curso do Empreendedor Rural, produzo derivados de leite pois fiz o curso que o sistema ofereceu”, comenta.
As búfalas murrah têm correspondido satisfatoriamente para o período de seca. Os animais vivem em regime de semi-confinamento, pastam de manhã e recebem o complemento no coxo de cana e capim pela tarde. A raça bubalina tem aptidão para leite. A produção que antes era de 50l de leite por dia diminuiu para 30l. Ele conseguia produzir de dez a quinze queijos por dia e agora chega a no máximo cinco. Sua produção diminui, mas o produtor não deixou de atender o mercado. Ele continua vendendo queijo para a região de Alagoa Nova, Serra Branca e João Pessoa.
A estiagem causou um abalo negativo no rendimento da produção regional, mas as limitações não impediram André de buscar alternativas de negócio. Crescendo ao lado de seu avô e pai, produtores rurais, ele se formou técnico em Agropecuária e administra a propriedade herdada há 25 anos. O Sítio Cruz fica na região de Alagoa Nova e possui 53 hectares. Além da cadeia de bubalinos, produz bananas hortaliças, citrus e derivados do leite bovino.
O município do Brejo, localizado a mais de 500 m de altitude, vem sofrendo com a seca há quase seis anos, situação vivenciada por grande parte do Nordeste. Em anos normais, a quantidade de chuva gira em torno de 1200mm por ano, mas hoje em dia, a média é de 400mm, um terço do habitual.
Os cursos que André participou foram levados para a cidade por meio do Sindicato de Produtores Rurais de Alagoa Nova. O presidente, Alberto Ataýde, acredita na importância dos cursos oferecidos pelo serviço como fundamentais. “O SENAR é uma instituição que veio para salvar os produtores rurais, pois leva mecanismos que melhoram sua produção e sua plantação através de treinamentos para junto aos trabalhadores”, avalia.
André não deixa se abalar. “Tudo é motivo para acreditar que vai chover e acreditar que o futuro vai ser melhor do que agora”. Limitações podem ser uma oportunidade de crescer. A persistência aliada ao preparo abre caminhos para o retorno a prosperidade. Anos atípicos como esses passam. Choveu no dia que visitamos o Sítio Cruz.
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