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Curso em Agronegócio do Senar/SC forma mais 18 técnicos em São Miguel do Oeste
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Essa é a terceira turma do curso, ofertado pela Rede e-Tec Brasil, e ministrado pelo Senar/SC, com o Sindicato Rural de São Miguel do Oeste

17 de abril 2023

Por: MB COMUNICAÇÃO

Fonte: SISTEMA FAESC/SENAR-SC

A região Extremo-Oeste de Santa Catarina conta, desde sábado (15), com mais 18 técnicos em Agronegócio. Os estudantes, a maioria filhos de produtores rurais, receberam o diploma das mãos do vice-presidente da Faesc, Enori Barbieri, em ato realizado no Latitude Eventos, em São Miguel do Oeste. Essa é a terceira turma do curso, ofertado pela Rede e-Tec Brasil, e ministrado pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar/SC), órgão vinculado à Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Santa Catarina (Faesc), em parceria com o Sindicato Rural de São Miguel do Oeste.

A formatura contou com a presença de autoridades como presidente do Sindicato Rural, Adair Teixeira, o secretário municipal de Agricultura de São Miguel do Oeste Antônio Orso, lideranças locais, professores e profissionais envolvidos no curso, além de familiares dos formandos.

O vice-presidente da Faesc, Enori Barbieri, ressalta que a formação permite que os formandos levem conhecimento para as propriedades rurais e fortaleçam ainda mais o agronegócio. Ele disse que o Curso de Técnico em Agronegócio é mais um passo da Faesc no processo de qualificação no campo. “O curso técnico é um aprimoramento, já que nós começamos com os cursos rápidos, de dois ou três dias, avançamos com o programa da Assistência Técnica e Gerencial (ATeG), temos os cursos técnicos e também a faculdade CNA”, explicou. Ele frisou ainda que o curso de técnico em Agronegócio não tem nenhum custo para os alunos.

O curso tem reconhecimento do MEC e do Conselho Federal dos Técnicos Agrícolas (CFTA). A carga horária é de 1.230 horas, dividida em 80% das aulas a distância e 20% presenciais. A supervisora regional do Senar, Grasiane Bittencourt Viera, chama a atenção para uma característica especial da formação: as visitas técnicas que permitem a aplicação prática do conhecimento adquirido em sala de aula. Ela ressalta que as disciplinas mantêm relação com a realidade regional, ampliando o aproveitamento do conteúdo pelos alunos nas propriedades.

De acordo com o presidente do Sindicato Rural, Adair Teixeira, o curso Técnico em Agronegócio já se consolidou na região. A quarta turma, com mais 40 alunos, já está em andamento. “Cada vez mais é preciso profissionalizar o agronegócio e o curso vai ao encontro dessa necessidade. O curso também contribui para garantir a sucessão nas propriedades. Eles estão sempre à frente, com mais conhecimento e se preparando para assumir as propriedades, inclusive, com mais renda”, concluiu.

O presidente do Sistema Faesc/Senar, José Zeferino Pedrozo, realça que as propriedades e empresas do setor precisam estar cada vez mais preparadas com tecnologias e inovações para atender as exigências do mercado. “E esse curso prepara os profissionais para isso. Recebemos constantemente relatos de egressos que nos mostram o quanto o curso tem sido importante para colocar em prática o planejamento, a organização e o controle das atividades de gestão e de operação do agronegócio com eficiência e profissionalismo”.

PROTAGONISMO FEMININO

Dos 18 alunos que se formaram no sábado, 11 são mulheres. A presença delas na busca pelo conhecimento mostra que a mulher está assumindo um novo papel no campo.

Ismaira Idaiane de Souza Secchi, de 29 anos, recebeu o diploma e apontou para a mesa onde estavam a sogra, o esposo e os dois filhos. Os gêmeos Bernardo e Eduardo de 9 meses nasceram durante o curso. “Foi mais uma motivação para continuar e concluir os estudos”, disse. Ismaira contou que decidiu fazer o curso em Agronegócio para ter um aprendizado maior e contribuir mais com a sucessão na família do esposo, Marcelo Perozzo. Eles moram no interior de Campo Erê e trabalham com a produção de leite.

O diploma recebido sábado não foi o primeiro de Ismaira. Ela tem Licenciatura em História e Filosofia e foi professora durante 10 anos. “Eu pensei que a agricultura não era para mim e por isso fui para a sala de aula, mas o curso me deu outra visão”, disse. Ismaira abandonou a sala de aula e agora administra a propriedade junto com o marido.

O curso de Técnico em Agronegócio contribui para ampliar o conhecimento de quem vive no campo e ajuda a evitar o êxodo rural. Mas não é só isso. A formação também qualifica os alunos para o trabalho em empresas ligadas ao agronegócio. É o caso de Vanderlei Nicola, 51 anos, gestor da área de supermercados de uma cooperativa de grãos. Funcionário há 31 anos, ele decidiu fazer o curso porque a grade curricular trata de assuntos que estão ligados ao seu dia-a-dia profissional. “Hoje é preciso estudar muito para se manter no agronegócio e o curso vai agregar muito valor na minha atividade”, completou.

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