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Rio Grande do Sul

Consumo de Frango no Brasil é três vezes maior do que em 1990

Asiáticos também tiveram grande aumento no consumo per capta de aves

3 de junho 2020

Fonte: Imprensa Sistema Farsul

O brasileiro está comendo mais que o triplo de carne de frango do que em 1990, conforme aponta estudo realizado pela Farsul sobre consumo de carne no mundo. De 13,5 kg iniciais, ele consome atualmente quase 41 kg per capta. O levantamento é baseado em dados da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) e considera informações de 1990 até as projeções para 2028. Israel, que no início do período, estava atrás dos EUA, assumiu o primeiro lugar na tabela e permanece como maior consumidor de aves do mundo.

O economista-Chefe da Farsul, Antônio da Luz, destaca que diversos fatores influenciaram no consumo mundial da carne de aves e precisam ser considerados para compreender melhor o cenário. "O consumo de carne de frango também reserva suas particularidades, suas riquezas e para quem quer entender, ter seu planejamento sobre esse mercado, precisa compreender as mudanças que ocorrem nesse período", explica.
Luz aponta o crescimento nacional como exemplo. Mesmo com o grande investimento realizado por Israel, que justifica a posição de líder do ranking, o aumento do consumo no Brasil chama a atenção. "Nós vemos claramente que após a estabilidade econômica, após o Plano Real, o Brasil dá um salto no consumo per capta de frango", avalia.
E se os asiáticos mostraram grande desempenho no consumo de carnes bovina e suína, com o frango não foi diferente. O Vietnã, que em 1990 tinha consumo per capta de 2,1 Kg tem projeção de atingir 13,7 kg neste ano. Já para a China, que nem aparecia entre os primeiros 15 países consumidores no planeta pelo consumo baixo, a estimativa é de 12 kg em 2020. "Vemos um crescimento de seis vezes nesses dois países. Entretanto, ainda é um consumo muito baixo comparado aos demais. Ou seja, eles estão crescendo muito, de forma exponencial, mas não representam, em termos globais, grandes consumidores. Isso mostra que ainda há muito a crescer por lá", comenta o economista.

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