Mato Grosso do Sul
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Com a chegada do frio, Sistema Famasul alerta produtores para evitar prejuízos no campo
Pastagens nutritivas, cultivo protegido e mudança no manejo são algumas das alternativas que ajudam as atividades que mais sofrem nessa época do ano
Por: José Pereira
Fonte: Assessoria de Comunicação
Com a entrada de mais uma massa fria e seca em Mato Grosso do Sul, o Sistema Famasul traz orientações para proteger animais, pastagens e lavouras das cadeias produtivas que mais sofrem as consequências das baixas temperaturas, evitando prejuízos ao produtor rural.
Para piscicultura, a diminuição no consumo de ração e as mudanças de comportamento e metabolismo dos animais estão entre os problemas mais frequentes durante o frio. Por isso, é preciso mudar o manejo nos tanques.
“A maioria das doenças em peixes de tanque escavado ocorre no inverno, principalmente pós manejos de transferência e despesca. O contato físico com/entre os animais durante o manejo é a porta de entrada de doenças, pois ocorre a remoção do muco de proteção presente sobre as escamas e couro dos peixes. Uma orientação importante é realizar despesca e transferência em horários mais quentes durante o inverno, e se possível, mudar para semanas com temperaturas da água acima de 25ºC”, destaca André Nunes, coordenador do Departamento Técnico do Senar/MS.
Na pecuária, as consequências das baixas temperaturas podem ser fatais, principalmente se ocorrer geada. Mais de 1,5 mil cabeças de gado morreram no mês passado devido a uma forte onda de frio que atingiu todo o estado, segundo os dados da Iagro (Agência Estadual de Defesa Sanitária Animal e Vegetal de MS).
Como algumas propriedades não dispõem de uma quantia adequada de alimentos volumosos, é necessário aplicar uma suplementação na dieta do animal para os dias mais críticos. Se isso não for possível, outras medidas podem ser adotadas.
“Caso a propriedade não disponha de um alimento volumoso para esse período de entressafra, uma das mudanças necessárias seria diminuir a carga animal, trabalhando com uma lotação em torno de 50 a 60% da utilizada no período das águas.”, explica Deilton Medeiros, supervisor da ATeG Bovinocultura de Corte do Senar/MS.
Mesmo após o frio, os cuidados precisam continuar no inverno. “Com a previsão de temperaturas baixas rigorosas é preciso ter alguns cuidados quanto ao manejo, como preferir invernadas que contenham ‘capões’ de mato para o abrigo dos animais e não deixar de suplementá-los com concentrados proteicos, como sal proteinado, já que nesse período precisam de maior aporte de proteína, devido à diminuição deste nutriente nos capins”, completa.
Outro cultivo que sofre com as baixas temperaturas é a horticultura. As hortaliças são mais sensíveis ao frio, por isso as ações de prevenção devem começar antes mesmo da chegada do inverno mais crítico.