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CNA define temas prioritários para a cafeicultura em 2024
Comissão Nacional do Café se reuniu na segunda (26)
Brasília (27/02/2024) - A Comissão Nacional do Café da CNA elencou, durante reunião na segunda (26), os temas prioritários que serão trabalhados em 2024.
Os principais eventos deste ano serão o Prêmio CNA Brasil Artesanal - Cafés Especiais Torrados , Cupping e Negócios de Cafés Diferenciados e Semana Internacional do Café.
Na lista de temas prioritários, estão as questões trabalhistas na cafeicultura, perspectivas e atualizações de decretos do Funcafé e do Conselho Deliberativo de Política do Café (CDPC), atuação da CNA nos Subcomitês de Pesquisa e Marketing do CDPC, a revisão da Instrução Normativa nº 8 que regulamenta a classificação do café cru, taxas de juros mais atrativas para pequenos e médios produtores acessarem o crédito rural, o Plano Agrícola e Pecuário 2024/25 e mais recursos para Subvenção ao Prêmio do Seguro Rural (PSR).
O presidente Fabrício Teixeira Andrade, destacou a importância da participação dos membros e Federações tanto no planejamento das ações quanto na execução, para se alcançar os resultados esperados.
“Temos desafios importantes para 2024. A Comissão trabalhará temas muito positivos como a agregação de valor, promoção da imagem do café brasileiro no mercado nacional e internacional e atuará em parceria com as instituições integrantes do CDPC para o sucesso e eficiência da aplicação dos recursos do Funcafé em benefício ao setor.”
A assessora técnica, Raquel Miranda, falou sobre os temas e destacou a importância do Prêmio Brasil Artesanal para incentivar a diversificação da renda e a agregação de valor ao produto.
“Será um desafio, porque é algo inovador, não existe nada nesse sentido no país, uma premiação para cafés especiais torrados elaborados por produtores rurais. Por isso, gostaríamos de pedir o engajamento das Federações para divulgação do Prêmio avançando o maior número de produtores que trabalham marca própria de café torrado”.
Raquel também frisou os resultados do Cupping e Negócios de Cafés Diferenciados 2023, realizado durante a Semana Internacional do Café em Minas Gerais. O evento teve 210 produtores selecionados de oito estados e mais de 200 mil reais em negócios. Para esse ano, Raquel afirmou que a intenção é ampliar a participação de mais regiões produtivas e buscar parcerias para que mais produtores tenham sucesso na comercialização com valor agregado.
Outro item discutido foram as questões trabalhistas na cafeicultura. Raquel Miranda citou a participação ativa da CNA na construção do Pacto pela Adoção de Boas Práticas Trabalhistas e Garantia de Trabalho Decente na Cafeicultura do Brasil , criado em 2023.
Como desdobramento do Pacto, foi criada a Mesa Tripartite de Diálogo Permanente para a Cafeicultura e a CNA é a única representante do setor produtivo.
Em relação ao Fundo de Defesa da Economia Cafeeira (Funcafé), Raquel pontuou as atualizações do Decreto n.º 94.874/87 que estrutura o fundo, e do Decreto n.º 10.071 que dispõe sobre o Conselho Deliberativo da Política do Café (CDPC).
De acordo com a assessora, a CNA tem buscado aumentar a alocação de recursos do Funcafé para questões estratégicas na cadeia produtiva e trabalhando para atualizar a estrutura do fundo com foco no aprimoramento da governança e da gestão.
A Comissão também abordou a revisão da Instrução Normativa nº 08 do Ministério da Agricultura que regulamenta a classificação do café cru.
O objetivo principal da revisão é harmonizar a legislação que regulamenta o tema com a realidade do que é praticado no mercado de café doméstico e internacional, e modernizar o texto com novos conceitos científicos quanto as características de qualidade física e sensorial do café.
O colegiado discutiu ainda o Plano Agrícola e Pecuário 2024/2025 e sugestões de outros temas prioritários para o planejamento estratégico de 2024.
O assessor de Política Agrícola, Guilherme Rios, falou sobre os encontros regionais que a CNA vai fazer para levantar as demandas dos produtores para o próximo plano safra. Os encontros serão realizados no Paraná, Rondônia, Mato Grosso do Sul, São Paulo, Bahia e Maranhão.