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ATeG 10 anos – Os técnicos: Os ensinamentos e os aprendizados do professor Alencar
Conheça a história do técnico de campo do Senar que atua em Minas
Brasília (15/05/2023) – Faça chuva ou faça sol, o “professor Alencar”, com seus 75 anos, ainda vai a campo ensinar seus “alunos” em escolas sem paredes e classes sem carteiras.
Newton Alencar é técnico de campo da Assistência Técnica e Gerencial (ATeG) do Senar em Minas Gerais e um exemplo para cerca de 5.000 profissionais da instituição que trabalham em todo o país levando conhecimento aos produtores rurais e seus familiares.
Quando olha para o passado, foram mais de meio século, 56 anos para ser preciso, dedicados ao campo. Sua história com o meio rural começou quando tinha 19 anos e ele percebeu que a cidade grande, no caso Belo Horizonte, onde morava com a família, já não comportava seus anseios profissionais. “Quando fiz o curso Técnico em Agropecuária percebi que queria ficar no campo”.
Com mestrado em zootecnia na área de produção de carnes, o professor Alencar hoje é técnico de campo de produtores rurais da agroindústria, mas desde 1994 trabalha como instrutor do Senar Minas na área de embutidos e defumados. Em 2019, foi convidado para participar da ATeG como responsável pelo piloto do projeto nacional da agroindústria realizado em Minas.
Essa vivência de quase 30 anos de Senar serviu como uma troca de aprendizados. “Eu pude aplicar toda a metodologia do Senar nas minhas aulas na Central de Ensino e Desenvolvimento Agrário da Universidade Federal de Viçosa (Cedaf/UFV). Isso fez muita diferença na formação dos alunos do curso de Técnico em Agropecuária. Minhas aulas passaram a ser mais objetivas, preparava melhor os alunos para atuarem junto ao homem do campo”, disse.
E quando o profissional sai a campo para ensinar, ele volta com muito conhecimento profissional. “O contato com os produtores rurais me fez aprender muito”, conta o professor Alencar e lembra que a Assistência Técnica e Gerencial do Senar veio para suprir uma lacuna que existia na qualificação dos homens e mulheres do campo.
"Além do aprimoramento técnico, a ATeG instrui o produtor para que a atividade dele se torne rentável. Temos diversos resultados positivos ao longo do tempo. A metodologia envolve toda a família, que se entusiasma com os resultados e quer ficar no meio rural para continuar o trabalho.”
Mas não são só os familiares dos produtores rurais que se envolvem, o professor Alencar viu toda sua família envolvida com o campo e com o Senar. A mulher ensina cursos de artesanato, o filho é instrutor de derivados do leite e de tecnologia (drone), e a filha e o genro também trabalham na instituição.
Resumir uma trajetória profissional tão longa não é uma tarefa fácil, mas o professor Alencar dá algumas dicas. “Aprendizado, muito estudo, oportunidade de ajudar pessoas com os conhecimentos que adquiri. Sentimento de realização, graças a Deus hoje eu tenho o reconhecimento da minha capacidade de ensinar e orientar as pessoas a terem uma renda melhor”.
E o futuro? Segundo ele, vai depender do “corpo acompanhar cabeça”, mas parar de atuar não faz parte dos planos. “Para falar a verdade, eu não pensei nisso ainda. Enquanto eu tiver saúde, entusiasmo e força para levar esses conhecimentos e ajudar as pessoas, eu quero continuar. Mas você sabe que o corpo não acompanha a cabeça da gente, né? Graças a Deus no momento eu tenho energia para muito tempo ainda.”
O professor Alencar também é referência quando o assunto é material didático. São livros, cartilhas e apostilas publicadas pelo Senar e outras entidades como Senai, Centro de Produções Técnicas de Viçosa e a Editora da UFV, todos sobre Embutidos e Defumados em uma linguagem acessível para os produtores de todos os níveis, principalmente pequenos produtores.
Conheça mais histórias como a do professor Alencar e obtenha mais informações sobre a metodologia de ATeG do Senar que completa 10 anos em 2023 com mais de 226 mil propriedades atendidas em todo o País em diferentes cadeias produtivas: https://www.cnabrasil.org.br/assistencia-tecnica-e-gerencial
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