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A Internet das Coisas chega à avicultura
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17 de abril 2018
Por CNA

Por: Avicultura Industrial

As inúmeras variáveis envolvidas na produção de um aviário eram, tempos atrás, razão para a contratação de várias pessoas, o que, além de elevar custos, não representava uma garantia de bons resultados quanto ao desenvolvimento das aves ou produção de ovos. A busca por ganho de produtividade somada à sua participação no agronegócio brasileiro e pelo perfil exportador faz o segmento aderir cada vez mais à automação, com o uso de dispositivos inteligentes, a chamada Internet das Coisas, ou IoT (Internet of Things).

“Há diversas soluções no mercado que possibilitam que tudo em um aviário seja gerido de forma precisa e até mesmo a distância”, diz Ubiratan Resende, diretor geral da VIA Technologies no Brasil. “Os sistemas garantem que a ração esteja disponível em tempo integral, que iluminação e temperatura estejam adequadas nos ambientes e mesmo à manipulação e desinfecção seja mais eficiente. A Internet das Coisas está muito disseminada na avicultura. Quem não aderir, está fadado e deixar o mercado”, afirma.

Segundo o executivo, os sistemas IoT são totalmente customizáveis. “As soluções se adequam a qualquer tipo de negócio. Há sensores e dispositivos que realizam as mais diversas funções quando conectados a uma gateway”, diz referindo-se a um computador que interliga todos os sistemas. “O que o criador deve estar atento é se a gateway é compatível com os dispositivos que atenderão às suas necessidades”, observa.

A tecnologia facilita a gestão do empreendimento, elevando sua eficiência e produtividade. A pesagem dos plantéis é um exemplo. Normalmente, a atividade, que deve ser realizada semanalmente, mobiliza sempre mais de uma pessoa, além de um veterinário. Com a automação, pode-se conectar uma balança a gateway e conhecer, em tempo real, o peso do grupo de aves.

Os dispositivos permitem que o gestor conheça, pelo celular ou computador, as condições de iluminação e temperatura do criadouro, mesmo estando em outro país. “As adequações também podem ser feitas remotamente. E, quando ocorre alguma anormalidade, os sistemas emitem alertas aos gestores”, diz resende.

A temperatura é um dos fatores que mais afeta as aves e, embora sejam animais de sangue quente, não produzem calor nos primeiros 21 dias. “Qualquer falha no sistema de aquecimento pode significar a perda dos animais. Já quando mais velhos, os animais acabam por consumir energia para manter a temperatura corporal. Mantê-los aquecidos, portanto, acaba por acelerar o ganho de peso”, explica.

Resende destaca o VIA Artigo 630 como gateway adequado ao uso na avicultura. Projetada para operar em ambientes hostis, permite diversas adaptações. Se equipado com os sensores adequados, pode servir também para a detecção de vazamentos de gás ou água, presença de pessoas no local ou concessão de permissão de acesso. “Conhecendo as condições da unidade de produção em tempo real, pode-se, quando da ocorrência de qualquer fator de risco, fazer o controle do ambiente remotamente”, afirma Resende.

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