Soja: Mercado busca recuperação em Chicago nesta 4ª feira e encontra suporte no farelo
Por: Notícias Agrícolas
Os preços da soja sobem na manhã desta quarta-feira (19) na Bolsa de Chicago. Por volta das 7h25 (horário de Brasília), os futuros da commodity subiam de 3,25 a 5,25 pontos, com os ganhos mais expressivos nas primeiras posições, com o maio/17 valendo US$ 9,51 por bushel.
De acordo com analistas internacionais, o mercado internacional sente uma forte influência dos derivados, com suporte, principalmente, do farelo de soja depois das condições climáticas na Argentina terem provocado um atraso na colheita.
"A colheita da soja na Argentina não está acontecendo rápido o suficiente e estamos acreditando que a disponibilidade de farelo saindo do país não está com todo o potencial que poderia ter nessa época do ano", disse o corretor da Futures International, Terry Reilly. Enquanto isso, no portos do Golfo norte-americano, "os prêmios sobre os preços do farelo vêm lentamente subindo", completa.
O suporte vindo do farelo acaba por amenizar a pressão trazida pelo óleo, que continua sendo pressionado nos mercados internacionais. Não só o de soja, mas os óleos vegetais de uma forma geral passam por um momento de intensa pressão e acabam ou por pressionar as cotações do grão ou limitando seus ganhos.
Além dessa relação com os derivados, os preços na CBOT encontraram espaço ainda para uma movimentação técnica de recuperação, depois de o mercado ter testado, na sessão anterior, baixas mais intensas e o contrato maio/17 fechar aos US$ 9,46, após testar a mínima de US$ 9,39 ao longo do pregão, e com seu suporte nos US$ 9,30 neste momento, ainda segundo analistas.
Ademais, os preços sentem ainda a pressão de uma oferta mais confortável nesta temporada, apesar de toda a força da demanda. O consumo continua forte, crescendo e, neste momento, a soja brasileira é mais competitiva no mercado internacional em relação à norte-americana e atrai os importadores. E essa movimentação também acaba refletida nos negócios em Chicago, ao mesmo tempo em que ainda não estimula, porém, uma retomada do bom ritmo da comercialização no Brasil.