Soja: Como esperado, mercado realiza lucros em Chicago nesta 3ª feira após altas consecutivas
Por: Notícias Agrícolas
Após 10 sessões consevutivas de altas, os futuros da soja realizam lucros na Bolsa de Chicago na manhã desta terça-feira (11). As cotações cediam pouco mais de 5 pontos, por volta de 6h15 (horário de Brasília), com o novembro/17 ainda valendo US$ 10,32 por bushel nesta terça-feira (11).
O recuo chega mesmo depois da revisão negativa no índice de lavouras de soja em boas ou excelentes condições nos Estados Unidos pelo USDA (Departamento de Agricultura dos EUA) no final da tarde de ontem. O número veio em 62%, contra 64% da semana anterior. O índice do milho e do trigo também perdeu 2 pontos.
O mercado esperava uma revisão de 2 a 3 pontos percentuais e, como já havia adiantado o consultor Vlamir Brandalizze, da Brandalizze Consulting, foi ao longo da sessão desta segunda-feira (10) precificando essa possibilidade e terminando o dia com altas de mais de 20 pontos diante das previsões de tempo quente e seco no Corn Belt.
São ainda 27% das plantações em situação regular e 11% em condições ruins ou muito ruins. Além disso, há também 34% da soja em fase de florescimento, contra 32% de média e 37% de 2016 e 7% das lavouras já formando vagens.
Apesar desse ajuste nos preços, analistas e consultores acreditam que o mercado em Chicago ainda tenha espaço para novas altas caso as condições adversas de clima permaneçam por mais tempo no Meio-Oeste americano. "Tirando o desastre da safra de 2012, essas são as piores condições para o milho, por exemplo, em nove anos", explica o analista internacional Joe Lardy, da CHS Hedging, ao portal Agrimoney.
Ao mesmo tempo, enquanto chegam as informações das lavouras da safra 2017/18, os traders esperam, paralelamente, pelo novo boletim mensal de oferta e demanda que o USDA traz nesta quarta-feira, 12 de julho, e as atenções estão completamente voltadas para os estoques da safra velha norte-americana e nas estimativas de produtividade da safra nova.
Os estoques trimestrais trazidos pelo departamento no último dia 30 ficaram aquém das expectativas do mercado, mostrando a força da demanda e agora as correções são esperadas. Os números do USDA para a posição de 1º de junho de 2017 vieram em 26,21 milhões de toneladas, abaixo da média das expectativas de 26,7 milhões de toneladas.