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Sindicato leva novas alternativas de renda para produtores de Januária
A criação de ovinos é uma delas
A criação de ovinos é uma alternativa de geração de renda e de alimentação para famílias rurais do semiárido brasileiro. Essa região, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), concentra o maior número desses animais no País, correspondendo a 58% do rebanho nacional.
Com o objetivo de ajudar pequenos produtores da região do semiárido norte mineiro na busca de novas alternativas de renda, o Sindicato dos Produtores Rurais de Januária tem realizado, em parceria com o SENAR Minas, capacitações e treinamentos na criação de pequenos animais e aves; construções de hortas, fabricação de alimentos e produção de artesanatos.
Aproveitando que Januária sempre trabalhou com a criação de ovinos e caprinos, sendo um dos municípios do Norte de Minas com maior número de animais, o sindicato está incentivando a atividade, para consumo de carne ou para a comercialização dos animais. O treinamento foi realizado na comunidade de Vereda Grande, onde os produtores vêm buscando alternativas de renda por causa da seca.
Segundo o zootecnista, Rodrigo Fonseca de Azevedo, instrutor do curso, a ovinocultura é uma atividade que hoje apresenta uma rentabilidade maior que os bovinos de corte, com o preço da arroba chegando a custar o dobro da arroba do boi. Com a falta de chuva, a atividade se torna ainda mais interessante para o Norte de Minas, já que, com uma menor área e uma menor quantidade de alimentos, pode-se criar um bom número desses animais de maneira lucrativa - o que vem ficando inviável com a bovinocultura de corte.
“O treinamento vem contribuir com os produtores, trazendo técnicas de manejo que vão ajudá-los a melhorar a sua rentabilidade na atividade melhorando a genética, a nutrição, a reprodução e diminuindo o índice de mortalidade com um bom manejo sanitário e, consequentemente, aumentando a produtividade”, resume.
Ainda segundo Fonseca, quem quiser investir neste tipo de criação deve, em primeiro lugar, fazer um estudo para conhecer melhor sobre a atividade, depois investir em alimentação, raças mais resistentes para região e instalações apropriadas para evitar ataques de predadores, como cachorros, por exemplo.
Segundo Dilson Gonçalves, de 61 anos, que sempre trabalhou com gado de corte, a criação de gado está ficando insustentável por causa da seca: “não tem água e nem pasto suficiente para manter a atividade”. A partir do mês de janeiro ele pretende iniciar na ovinocultura, mas primeiro vai formar o pasto, que deve ser plantado em novembro.
Ele conta que aprendeu na capacitação do SENAR Minas muita coisa importante, como vacinação, manejo, apartação, dentre outros. "Mas o mais importante que aprendi foi sobre planejamento, pois para se ter sucesso em qualquer atividade é preciso seguir etapas e se preparar para executá-las", disse.
Assessoria de Comunicação do SENAR Minas
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