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SENAR vai atualizar Programa Nacional de Agricultura de Precisão
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Entidade se reuniu com Regionais para elencar sugestões de melhorias para o programa

30 de junho 2017
Por Senar

O Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (SENAR) vai atualizar o Programa Nacional de Agricultura de Precisão. Nesta quinta-feira (29), profissionais das Administrações Regionais de Minas Gerais, Paraná, Goiás, Mato Grosso, São Paulo e Rio Grande do Sul se reuniram com a equipe técnica do SENAR Brasil, para propor melhorias para o programa, como atualização do material didático, inclusão de novos temas nas capacitações e treinamento de instrutores.

Segundo Andrea Barbosa Alves, chefe do Departamento de Educação Profissional e Promoção Social (DEPPS) do SENAR, os programas de irrigação e de agricultura de precisão são estratégicos para a casa. “Esse momento é para ouvirmos vocês e entendermos o que é preciso para melhorarmos o programa de AP. Precisamos deixar de fazer apenas capacitações e levar também soluções para o produtor rural. Se a solução for criarmos novos cursos dentro do programa, é o que faremos”, ressalta.

Andréa Barbosa, chefe do DEPPS.

Cada técnico apresentou o andamento do programa e as iniciativas que deram certo nos estados. Em Mato Grosso, por exemplo, a Regional já desenvolve uma capacitação voltada à operação de drones. A procura pelo treinamento foi tão grande que será expandido para todo o estado. Anteriormente era ofertado apenas nos Centros de Capacitação em Sorriso e Campo Novo dos Parecis. “Foi uma sugestão do Instituto Federal de Mato Grosso durante um dia de campo. Eles nos perguntaram por que o SENAR não oferecia curso de drones, tecnologia que está sendo muito demandada. Então investimos e hoje o curso é um sucesso, inclusive, vamos abrir para os sindicatos rurais também”, conta Samantha Sousa Garcia.

A capacitação com esse enfoque agradou o grupo e a ideia é pensar em como incluir posteriormente um módulo sobre o equipamento no programa nacional de AP.

Para Alexandre Prado, do SENAR Rio Grande do Sul, a oficina vai ajudar a intensificar o debate para fazerem um trabalho integrado na atualização do programa. Ele enumerou alguns pontos que contribuem para o sucesso da agricultura de precisão no estado, como a realização de capacitações voltadas para as propriedades, ou seja, com apenas os trabalhadores rurais daquela fazenda. “Com uma turma menor, de quatro participantes, o envolvimento na parte prática é maior e conseguimos atender à realidade de cada produtor,” argumenta Prado. “Sensibilizamos o produtor mostrando para ele a economia que terá com a agricultura de precisão”. O estado é pioneiro na oferta de capacitações na área e serviu como guia para a criação do programa nacional. De 2012 até o 1º semestre deste ano, a Regional realizou 59 turmas de AP e sete estão em andamento.

Em Goiás, o programa existe desde 2015 e enfrenta a concorrência das concessionárias de máquinas agrícolas, observa Samanta Andrade. “Estamos no processo de fortalecer a percepção do SENAR junto ao produtor como entidade credenciada para ofertar agricultura de precisão, porque atualmente ele procura por consultorias particulares, inclusive das próprias concessionárias, para se capacitar ou aos operadores de máquinas da sua propriedade.”

Além das questões citadas, o grupo também debateu a ampliação do programa para ofertar capacitações que atendam diversas culturas como o setor florestal e outras regiões do País como Norte e Nordeste. “Precisamos pensar nas necessidades do produtor. Ele se capacita, aprende a usar a máquina, mas depois não sabe o que fazer com os dados que coletou. Precisamos atender essa demanda também, pensar em incluir no programa a gestão desses dados para o produtor aplicar na propriedade e enxergar os resultados que a agricultura de precisão traz para o negócio dele”, avalia o coordenador do programa no SENAR Brasil, Rafael Diego da Costa.

A Coordenação de Produção e Distribuição de Materiais Instrucionais também participou da oficina. Depois das definições quanto às atualizações do material didático, será a vez da equipe iniciar a elaboração das novas cartilhas do programa.

O grupo vai seguir com o trabalho de levantar os conteúdos que estão faltando nas cartilhas para atualização e, depois, vai analisar as capacitações para incluir os novos cursos, adianta Costa. “Daqui a 60 dias mais ou menos, vamos ter uma videoconferência para bater o martelo de tudo que vamos colocar em prática ainda este ano e o que vamos submeter à direção da casa para 2018”.

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