Curso de colheitadeira melhora produtividade do café
Mercado está aberto para o operador, pois a certificação é obrigatória e a legislação exige a qualificação
Nas regiões do Triangulo Mineiro e Alto Paranaíba a colheita de café já começou. Quem trabalha com a cultura já percebeu que o investimento em maquinário é imprescindível para ter retorno financeiro, afinal, quem opta pela mecanização otimiza a colheita, retirando o café no momento certo, sem quebra de galhos e menos desfolhamentos.
Além disso, a colheita mecanizada se justifica pelo menor custo com a mão de obra. Só que para chegar aos resultados desejados é preciso treinar os colaboradores. Um operador sem capacitação pode causar danos diretos à máquina e à lavoura. Com regulagens mal feitas, o operador pode colocar a perder não somente a quantidade como a qualidade do café, como explica o instrutor Afonso Pereira Costa Júnior.
“Se o operador não for qualificado, poderá deixar para traz os grãos e isto vai afetar a produtividade da área. Quando o café não é retirado, eles podem causar problemas fitossanitários, como a broca”.
O treinamento
Para auxiliar o cafeicultor, o Senar disponibiliza o curso que capacita o operador em Colheitadeira de Café. Em Araguari, o Sindicato Rural promoveu a capacitação para duas turmas.
Segundo Afonso, o curso aborda conhecimentos operacionais e experiências práticas: “O operador tem que ser habilitado para proceder às regulagens na máquina e tirar o máximo possível de café com o melhor padrão de maturação. Esse é um dos objetivos principais da capacitação, obter ótimo rendimento e eficiência operacional”.
Mercado de Trabalho
O mercado de trabalho está aberto para o operador de colheitadeira de café e há boas perspectivas, já que a certificação é obrigatória e a legislação exige a qualificação.
Pensando nisso, aos 20 anos o serralheiro Hálisson Kalicésio quer mais. Fechando um ciclo de treinamentos, esta é a quarta capacitação da qual participa, pois acredita que o setor agropecuário poderá lhe dar melhor oportunidade profissional.
“O setor hoje é a principal economia do país e estar qualificado é mais fácil encontrar um emprego. Como pretendo mudar de ramo, esta é uma ótima oportunidade”, afirma Hálisson.
Outro participante que pretende mudar de vida é Marcelo Belarmino Rodrigues, de 34 anos. Desde jovem o interesse foi a área de informativa, mas, ele também quer mais. “Estou me mudando para o campo, para conviver com pessoas mais acolhedoras, mas sei que para isso é preciso me qualificar”, justifica.
Derlivan da Silva júnior é filho de produtor rural. Estudante de agronomia já compreendeu que os cursos do Senar são diferentes e complementam as informações repassadas na faculdade. “O bom é que as atividades são práticas. Sinto que estou preparado para operar a colhedora e o café, por exemplo, que era uma cultura que eu não dominava”.
Assessoria de Comunicação do Sistema FAEMG/SENAR-MG
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