Campo Futuro volta a Uberaba e, desta vez, analisa a cultura da cana-de-açúcar na região
Uberaba / Minas Gerais (26/04/2017) - O projeto da CNA e FAEMG, em parceria com a da PECEGE/ESALQ-USP (Programa de Educação Continuada em Economia e Gestão de Empresas), percorre as principais regiões produtoras e tem, entre os objetivos, o levantamento dos custos de produção da cana-de-açúcar, açúcar, etanol e bioeletricidade.
Em Minas, já passou por Campo Florido, esteve em Uberaba e deve passar por João Pinheiro em breve.
Apoiador do projeto, o Sindicato dos Produtores Rurais de Uberaba reúne, sempre que solicitado, produtores e técnicos, que são responsáveis por repassar dados sobre produção, investimentos e cuidados com as lavouras de cana-de-açúcar. Essa metodologia é denominada de Painel e segue o mesmo conceito aplicado em todas as visitas.
Durante a reunião, vários detalhes como: custos de produção, variação dos preços dos insumos e até indicadores de desempenho (produtividade) são captados e avaliados.
E é o que explica a Analista de Agronegócio na FAEMG, Ana Carolina Gomes: “Como os dados são captados em estados produtores de cana-de-açúcar (MG, SP, GO e PE), eles são balizados para comparar como está o desenvolvimento das regiões.”
Para o presidente do Sindicato dos Produtores Rurais de Uberaba, Romeu Borges Júnior, o Projeto Campo Futuro, que já fez painéis sobre outros setores do agronegócio no município, é importante para que haja ações em prol aos produtores. “Os custos de produção regionalizados norteiam os governos para as políticas públicas e planejamento de financiamento de crédito para cada região, com custo pré-estabelecido e conhecido por todo território nacional. Isso é fundamental para a agricultura brasileira continuar crescendo”.
O que foi verificado durante o Painel da Cana-de-açúcar
Depois de anos amargando prejuízos, devido às variações climáticas e preços baixos, altos custos de produção e a crise econômica, este ano foi verificada melhora se comparados aos painéis de anos anteriores. “O produtor começa a enxergar um panorama positivo. No ano passado, o painel mostrou que o lucro econômico e a margem líquida empataram, enquanto este ano, observamos melhora devido ao aumento do preço do ATR (preço pago pela tonelada de cana-de-açúcar), já que para a produção não houve variação, mas, com preços pagos melhores, houve também o crescimento da rentabilidade. ”
Mesmo com futuro mais promissor, cautela e gestão ainda são as palavras que devem ser usadas e colocadas em prática com frequência pelo produtor rural. “Há muito trabalho ainda a ser feito para melhorar a situação e, vai se destacar o produtor que tem controle e posse de conhecimento das informações de seu custo de produção. Com isto, ele terá mais perspectiva e poderá melhorar sua margem de lucro”, conclui Ana Carolina Gomes, analista de Agronegócios da FAEMG.
Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Minas Gerais - FAEMG
Texto: Viviane Santana
http://www.sistemafaemg.org.br
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