APCS e CNA levantam custos de produção do suíno paulista
Por: Revista Pork
Representantes da Associação Paulista dos Criadores de Suínos (APCS), do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) da Faculdade de Agronomia da Universidade de São Paulo (ESALQ - USP), da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) e da Federação de Agricultura do Estado de São Paulo (FAESP) iniciaram nesta segunda-feira, em Campinas (SP), os levantamentos para definir os custos de produção da Suinocultura Independente do Estado. O dado vai integrar o Projeto Campo Futuro, que desde 2002 levanta valores de referência de trinta produtos do agronegócio brasileiro, com ajuda de diversos centros de estudos, como o Cepea. Este vai ser o primeiro painel de preços da atividade, o que pode ajudar nas negociações diretas com autoridades do governo para formação de preços reguladores, estoques e políticas de garantia de produtos e insumos para a atividade e política nacional de preços mínimos de garantia.
"Usamos uma metodologia americana e o objetivo é tentar elaborar uma planilha que conte a história da suinocultura na região. Sabemos que a atividade tem inúmeras peculiaridades, mas pretendemos ter um norte de custos e produção, pois só assim podemos fazer comparações com outras regiões do Brasil e inclusive com outros países", explicou Marcos Iguma, analista de mercado do Cepea.
A planilha vai ter diversos números referentes ao sistema produtivo: gastos com vacinas e remédios, nutrição, salários, dependências da granja, energia elétrica, etc. E já começou a ser elaborada nesta primeira reunião. Nas próximas semanas, os suinocultores vão enviar mais dados que serão compilados pela equipe do Cepea, com a intermediação da APCS. Vão participar da elaboração dos dados as quinze granjas paulistas que fazem parte do grupo de suinocultura tecnificada de São Paulo, responsável por aproximadamente 40 mil matrizes. "É realmente muito difícil construir um perfil de uma granja média aqui em São Paulo. Mas sabemos como é importante ter o mínimo de dados e referências para tentarmos obter recursos, apoio e políticas oficiais de garantias para a carne suína e nossos principais insumos", explicou Valdomiro Ferrreira Junior, presidente da APCS.